16/03/2010

* 2010 - SUPERANDO OBSTÁCULOS

          Revista Bela vida - Ano 5 nº 25 Fevereiro/Março 2010

É por meio da união do trabalho e do conhecimento que um grupo de pessoas com deficiência física busca superar os obstáculos e encontrar muitos motivos para ser feliz.

Entrevista com a jornalista Elizete Schazmann - DRT - SC 0982
A Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (ABLUDEF) foi fundada em 28 de maio de 1988, com o objetivo de estimular a convivência social das pessoas com deficiência física e de prestar auxilio aquelas com baixa renda familiar no acesso à reabilitação. Hoje a instituição possui 1.840 associados, abrangendo todo o Vale do Itajaí. Os serviços e atividades são realizados por meio do Programa Apoio à Habilitação, Reabilitação e inclusão Social da Pessoa com Deficiência Física e suas famílias.
De acordo com a presidente da ABLUDEF, Maria Helena Mabba, que também é pessoas com deficiência física, a integração dessas pessoas acontece com ações de atendimento e acompanhamento social e psicológico; fisioterapia, grupo sócioeducativos e de socialização; oficinas terapêuticas e ocupacionais, formação escolar, capacitação em informática; preparação e inserção no mercado de trabalho;transporte das que tem maior dificuldade.
A assistente social da instituição, Dalva Day, explica que a associação sempre busca atividades para fazer com que a pessoa com deficiência possa resgatar a sua dignidade e volte a viver em grupo e com alegria. A prática de esportes também é incentivada, com destaque para o grupo de basquete Superação sobre Rodas.
POR UM MUNDO MAIS ADAPTADO

De dentro da ABLUDEF as pessoas com deficiência física encontram apoio e compreensão, da porta para fora é preciso ter união e força na luta pelo cumprimento dos direitos previstos em lei,e por muitos outros que ainda precisam ser conquistados.
Além de conquistas como ônibus coletivos adaptados para os deficientes físicos, Dalva e Maria Helena trabalham para a conscientização da sociedade sobre as necessidades desses indivíduos.
Periodicamente, elas realizam palestras em escolas, associações e também empresas que contratam deficientes físicos. “Muitas empresas e funcionários não tem idéia das necessidades dos deficientes que são contratados e acabam improvisando as modificações, muitas vezes, por falta de informação!, diz Maria Helena.
Ela cita uma dinâmica interessante realizada durante as palestras em que os participantes são desafiados a desenvolver suas atividades diárias em uma cadeira de rodas, inclusive ir ao banheiro, o que dá uma noção muito próximo de algumas coisas que é preciso mudar para que o deficiente tenha uma qualidade de vida melhor no trabalho.
A instituição recebe desde pessoas que nasceram com limitações físicas, as que ficaram com seqüelas causadas por acidentes de transito até idosos que adquiriram a deficiência mais tarde. “Alguns aprenderam a encarar as dificuldades mais cedo, e outros estão buscando, na maturidade, o apoio par vencer as limitações, sendo que na associação uns aprendem com os outros”, diz Dalva.
A própria Maria Helena é um exemplo de superação. Com deficiência nos membros inferiores devido à paralisia infantil (poliomielite), ela procurou seguir o próprio caminho, apesar da superproteção da família. ”Por eles eu não sairia de casa, mas lutei e consegui meu espaço. Hoje divido meu tempo entre o trabalho como digitadora na prefeitura, pela manhã, e o expediente da ABLUDEF à tarde, como voluntária, o que me torna feliz e realizada.”
O que ainda choca a presidente da associação é o grande número de jovens que procuram a ABLUDEF depois de sofrerem acidentes de trânsito, principalmente com moto. “É preciso ter mais responsabilidade no trânsito, pois um acidente pode mudar toda a trajetória de uma vida.”


Entrevista realizada pela jornalista Elizete Schazmann - DRT - SC 0982

Um comentário:

  1. estava procurando exemplos de superação e encontrei o seu blog, adorei.eu tambem sou uma vencendora tive polio aos 3 anos de idade no interior da bahia numa casa com 12 irmãos as dificuldades eram muitas alias todas, na minha infancia era excluidada de tudo ate estudar, mas como sou muito teimosda nunca aceitei esta condição estudei em casa sozinha, so fui ao colegio com 15 anos, nun carro de mão póis não tinha m oletas e nem cadeira de rodas, conseguir concluir o ensino medio, trabalhei hoje estou aposentada pois tive filhos e os meus braços não aguentou o meu peso. sou casada meu marido tambem é deficiente, sou uma pessoa realizada, cuido da minha casa com meus filhos, vou a mercado vou a banco resolvo minha vida. meu marido sempre me diz voce não deve nada para mulher que se diz perfeita pois não há obstaculo para vc. obrigada eu so queria poder colocar um pouco da minha luta.

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Abraços e uma ótima pesquisa.
Carinhosamente
Dalva Day
dalvaday@gmail.com
Assistente Social, Blumenau/SC