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Duração:
113 min.
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Origem:
França
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Estreia:
25/05/2012
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Direção:
Geoffrey Enthoven
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Roteiro:
Pierre de Clercq
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Distribuidora:
Imovision
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Censura:
12 anos Ano: 2012
Três jovens de vinte anos amam
beber vinho e paquerar as mulheres, mas ainda são virgens e com os hormônios à
flor da pele. Sob o pretexto de conhecer as vinícolas espanholas, eles embarcam
em uma viagem com um objetivo definido: perder a virgindade. A começar por seus
protagonistas: três jovens deficientes físicos que vivem na Bélgica. Os rapazes
são amigos e têm uma boa condição financeira que lhes permite, por exemplo,
cultivar o gosto por vinhos. Mas, de todo modo, vivem numa espécie de redoma,
hipercuidados pelos pais, o que torna sua vida amorosa praticamente impossível,
ainda mais diante dos inevitáveis preconceitos que cercam sua aceitação pelas
garotas. Além de sua própria timidez para aproximar-se delas. E nada os
impedirá, nem mesmo suas deficiências físicas: um deles é cego, o outro está
confinado a uma cadeira de rodas e o terceiro é paraplégico. Lars sofre de
câncer e está preso a uma cadeira de rodas, Philip é tetraplégico e Josef está
praticamente cego. Suas limitações, no entanto, não os impedem de empreender
uma viagem quando descobrem a existência, na Espanha, de um bordel
especializado em "pessoas como nós", como define Philip, exatamente
para atender às necessidades de pessoas especiais como eles. O mais saidinho do
trio, Philip, decide que é hora de eles conhecerem o sexo, custe o que custar.
Com um motorista especializado e
uma van adaptada, eles vencem a resistência de seus pais para deixá-los viajar
sozinhos, o que acontece pela primeira vez na vida. Na véspera da viagem, o
motorista ideal cai fora e o sonho fica ameaçado. Por uma série de circunstâncias,
eles acabam fazendo a viagem na marra, escondidos e contando com Claude
(Isabelle de Hertogh), uma motorista substituta gordinha e enfezada. Engraçado, divertido e sincero,
em Hasta la Vista não são estereótipos que usam cadeiras de rodas ou se apoiam
em bengalas. O roteiro de Pierre De Clercq constrói personagens
interessantíssimos, que lidam com seus problemas como todos nós, ou seja, nem
sempre da melhor maneira. O bom enredo ganha ainda mais veracidade aos olhos do
espectador graças às excelentes performances dos atores Robrecht Vanden Thoren,
Tom Audenaert e Gilles De Schrijver. Numa das cenas mais belas do longa, o
público descobre que nenhum dos atores sofre de qualquer limitação física, o
que chega até a surpreender de tão convincente que são as atuações. O arco dramático do filme é
cadenciado e a abordagem do tema deficiência física feita com delicadeza, o que
não significa condescendência. Em nenhum momento sentimos pena dos personagens
nem tampouco suas limitações são tratadas como meros detalhes incapazes de
impedir que tenham uma vida normal. Os estorvos do dia-a-dia limitam suas
vivências, os tornam dependentes e Hasta la Vista não dissimula isso. Merece ser destacado também o
papel de apoio de Isabelle de Hertogh, que interpreta Claude, motorista e
enfermeira do trio na viagem entre Bélgica e Espanha. A relação entre a
personagem e os rapazes é o ponto de partida para descobrirmos idiossincrasias
e como cada um deles se relaciona com a própria deficiência, inclusive Claude,
vítima de uma “deficiência afetiva”, como define Josef. A convivência dos
quatro cruzando a Europa numa van é também responsável pelos momentos mais
divertidos do filme.
O diretor Geoffrey Enthoven
conduz bem sua câmera e consegue captar o mal-estar existencial dos
personagens, tanto que, ao longo da projeção, até esquecemos estar diante de
atores. É como se fôssemos inseridos num breve momento da vida de pessoas
reais. E não deveria ser sempre assim no cinema? Premiado no Festival de Montreal,
o filme se inspira na história real de Asta Philpot, norte-americano que nasceu
com uma doença genética grave que leva à paralisia total do corpo. Depois de
uma experiência num bordel com acesso para deficiêntes físicos na Espanha, Asta
criou uma associação para pessoas na mesma condição que a dele que buscam levar
uma vida sexual satisfatória.
http://www.youtube.com/watch?v=EfrQRas7gPw
Fonte: http://www.cineclick.com.br/criticas
Indicação de postagem pela associada da ABLUDEF: Leodenice Fernandes
Eu adorei esse filme,nos mostra que mesmo tendo nossas deficiências somos capazes de vencer barreiras.Principalmente as do preconceito que muitas vezes surgem dentro da nossa própria família,somos deficientes sim ,mas como qualquer pessoa dita normal temos nossos sonhos e desejos.Parabéns D.Dalva ótimas indicações vou ver as que não assisti ainda.Obrigada
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