25/10/2015

* 2015 - DIA DO MACARRÃO

 

Ao contrário do que é popularmente difundido, numa pesquisa séria o macarrão não nasceu na China. Ele foi levado por Marco Polo para a Europa.
O Criado por um chinês, cultivado pelos italianos, o macarrão deu certo no Brasil também. 

Os primeiros indícios sobre o consumo de massas vêm dos acessórios utilizados para prepará-las e cozinhá-las, encontrados em tumbas do período etrusco. Pouco tempo depois do nascimento de Cristo, um chefe chamado Apicius mencionava em seu livro de receitas algo muito semelhante à lasanha que conhecemos hoje. Por volta do ano 1000 d.C. foi escrita a primeira receita “oficial” de massas no livro “De arte coquinaria per vermicelli e maccaroni siciliani” (A arte de cozinhar macarrão e vermicelli siciliano), de autoria de Martino Corno.

Consta-se que foi Marco Pólo quem trouxe o macarrão da China. Mas os italianos, provavelmente insatisfeitos com o fato de que o prato mais popular de sua cozinha tenha origem chinesa, acabaram descobrindo que no testamento do militar genovês, Punzio Bastone, lavrado pelo tabelião Ugolino Scarpa, em 2 de fevereiro de 1279, 13 anos antes da chegada de Marco Pólo, havia, de herança, uma caixa de "macarrones", ou seja, massa seca. Os americanos, porém, vão mais além. Garantem que antes da fundação de Roma, o macarrão já era conhecido. Mas tudo indica que, ao contrário do que se pensa, a origem do macarrão não é italiana, mas sim chinesa. Baseado na filosofia chinesa de comida natural, a massa utilizada na elaboração do macarrão é feita, desde aquela época, a partir de ovos frescos, farinha de trigo e água pura.

Quando Marco Polo retornou de sua viagem ao Oriente, em 1295, começou a escrever relatos sobre sua viagem, e mencionou uma comida feita de sagu, comum no Oriente. A edição e revisão dos escritos de Marco Polo, feita no século XVI por Giambattista Ramusio, piorou o mal-entendido, e o viajante foi indevidamente creditado por ter descoberto a lasanha no Oriente e levado o prato para a Itália.

Na verdade, muito antes de Marco Polo o macarrão já era bem conhecido em países árabes, onde ainda hoje é chamado de “makkaroni”. Desses países, o macarrão foi levado para a Grécia e Sicília, que eram colônias árabes.
Palermo foi a primeira capital histórica do macarrão, pois nesta cidade foram encontrados os primeiros registros históricos a respeito da produção de massa seca em escala semi-industrial.

Em 1150, o geógrafo árabe Al-Idrisi relatou que em Trabia, cerca de 30 quilômetros de Palermo, “era produzida uma grande quantidade de macarrão no formato de canudos (‘tria’ em árabe), que era exportada de navio para vários lugares, incluindo a Calábria, países muçulmanos e cristãos”. Em sua mais antiga combinação, além do macarrão, entravam na receita queijo de cabra ralado, pimenta-do-reino e um ovo frito no topo do prato, que se rompia e se mesclava ao resto. Durante os séculos XII e XIII entraram em cena o alho e o azeite, tornando o prato ainda mais irresistível.

Ravioli, o pioneiro entre as massas recheadas Italianos das regiões da Toscana, Emiglia e Lombardia brigam até hoje pelo privilégio de ter inventado os deliciosos pasteizinhos de massa, recheados com os mais diversos ingredientes.
A ideia de rechear quadradinhos de massa antes de cozinhá-los surgiu por volta do século XIII, e sua composição não se alterou muito desde então. Originalmente, eram recheados com “ovos batidos com ervas, queijo, ricota e especiarias”.

Com o tempo, passaram-se a utilizar recheios de carne, o que acabava confundindo os “comedores de macarrão”, pois o aspecto externo era o mesmo. Um masseiro teve então a ideia de manter os raviolis de queijo em seu formato quadrado original e fazer os de carne em formato triangular. Meio na brincadeira, enrolou esse triângulo em seu dedo e dobrou as pontas, dando um formato divertido de chapeuzinho, ou capeletto. A cidade de Bologna imitou o formato, utilizando o formato de meia-lua enrolada, em vez do triângulo, atribuindo-lhe também o nome de capeletti.

A partir do século XIV surgiram vários formatos diferentes, os agnollotti, agnolini, cannelloni, tortelloni, casoncelli, com uma variedade enorme de recheios. Os agnollotti, típicos da Sicília, levavam carne suína e ricota fresca; os agnolini, do sul da Lombardia, menores, eram recheados com carne de boi ou frango e servidos num brodo, ou caldo. Enquanto os raviolis originais levavam queijo em seu recheio, nas províncias do Sul da Itália, ao irem para o Norte, passaram a ser recheados com carne. Cada cidade, lugarejo ou vila da Itália possuía sua especialidade local, seja em formatos, tamanhos, tipos de recheios ou até mesmo o nome que se dá para o mesmo tipo de massa. E cada uma delas, à sua maneira, orgulha-se de produzir a melhor pasta do mundo.

A fórmula é simples e econômica e o repertório, variado. De tal forma que saborear uma boa massa virou programa (como atestam as inúmeras casas especializadas na sua venda e serviço). No mais, há sugestão para se experimentar o prazer de preparar (integralmente) o macarrão em casa: da massa ao recheio, sem esquecer do molho.

 INTRODUÇÃO DO MACARRÃO NO BRASIL
No Brasil, a introdução do macarrão em nossos hábitos alimentares coube aos imigrantes italianos, principalmente na região Sul. O crescente interesse fez surgir pequenas fábricas de macarrão no país, tendo sempre como mão de obra, a família italiana. Sendo uma produção rudimentar, e baixo volume e bem caseira, até começar a surgir as primeiras indústrias de fabricação de massas alimentícias, possuindo nos dias atuais modernas máquinas de fabricação do macarrão.
ACEITAÇÃO DO CONSUMIDOR E PERFIL DO PRODUTO
Nenhum prato estrangeiro conseguiu tanta aceitação entre nós, como o macarrão. Adotado principalmente porque é de fácil preparo, econômico e ainda simples de acompanhar, o macarrão é considerado um prato completo, uma refeição sem problemas. Quando preparado apenas com farinha e água, o macarrão tem apenas grande valor calórico, devido à elevada porcentagem de hidrato de carbono nele contida. Mas pode ser enriquecido com a adição de outros alimentos, como queijo, ovos, leite, carne, hortaliças, frutos do mar, etc. Existem duas opções de compra: o fresco e o seco. O primeiro é encontrado acondicionado em pacotes de plástico, em supermercados, e se conserva em embalagens originais, por algumas semanas. O macarrão fresco pode ser adquirido em casas especializadas e deve ser consumido no mesmo dia. O tempo de cozimento depende do tipo e formato da massa. Os mais comuns, como o Padre Nosso, Estrelinha, Argolinha, Ave-Maria, Conchinha, têm formato pequeno e cozinham rapidamente. Pode ser usado para engrossar caldo ou em combinação com legumes. Para macarronada, de preferência aos seguintes tipos: Espaguete, Furadinho, Fuzile, Talharini, Rigatone, Ninhos, Concha, Pena, entre outros. Estes podem ser servidos, depois de cozidos em bastante água, com molhos e guarnições diversas.

No dia 25 de outubro é comemorado o Dia do Macarrão, alimento que ultrapassou as fronteiras do Oriente Médio, conquistou os italianos e hoje é sucesso na mesa dos brasileiros, que anualmente consomem mais de um bilhão de quilos da massa, colocando o país em 12º lugar no ranking mundial de consumo do macarrão. O Espírito Santo possui 180 empresas atuam no setor de massas alimentícias e biscoitos, responsáveis pela geração de mais de dois mil empregos diretos e seis mil indiretos.

Dados da Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias) apontam que o Brasil é o terceiro maior fabricante de macarrão do mundo. Os maiores consumidores per capita são Itália, com 28 kg por habitante/ano, e a Venezuela, com 13 kg por habitante/ano. E para estimular o consumo do alimento, a entidade incentiva às indústrias a divulgar o Dia do Macarrão, não apenas para marcar a data, como para enfatizar os benefícios do alimento. A variedade de macarrões disponíveis é enorme, pois na sua manufatura são considerados os tipos e os formatos de massas. Segundo Dueñas, o mercado brasileiro é representado por três categorias: as massas secas, como o espaguete, gravatinha e parafuso que representam 87% do consumo e o restante do setor se divide em massas instantâneas, representado por 10% de e 3% de massas frescas, do tipo ravióli e cappeletti.

O Dia Mundial do Macarrão foi criado em 1995, durante o I World Pasta Congress (Congresso Mundial de Macarrão), realizado em Roma, que reuniu os principais fabricantes do mundo. Desde então, a data é comemorada em diversos países, com o objetivo de difundir os benefícios do macarrão e aumentar o consumo per capita.
FONTES: 

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Dalva Day
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