Chegamos ao mês de setembro
em que celebramos o Mês da Bíblia, dando-lhe um destaque especial de
reverência, de amor, de carinho à Palavra de Deus e, sobretudo de
interiorização e vivência. Nas comunidades religiosas, nas paróquias, nos
grupos de oração, e mesmo em grupos de outras denominações religiosas, a Bíblia
é lida, amada, respeitada e praticada. Foi a Igreja Católica que introduziu o
costume de celebrar o Mês da Bíblia no mês de setembro, por uma razão especial,
mas muito simples também. É que, no dia 30 de setembro celebra-se a festa de
São Jerônimo, o qual traduziu a Bíblia completa do grego, hebraico e aramaico
para o latim, tendo derivado daí, as demais traduções em outros idiomas,
dando-nos assim, a possibilidade de termos hoje em mãos a Palavra de Deus,
escrita em nosso próprio idioma. A Bíblia, não pode faltar em nenhum dos lares
cristãos! Ela está dividida, como você sabe, em duas partes: Primeiro
Testamento e Segundo Testamento.
O Primeiro contém os livros escritos antes de
Jesus e são 46. O Segundo é composto de 27 livros, escritos por cristãos, no
início da nossa era. Tendo presente essa introdução que nos proporcionou
recordar dados importantes sobre a Bíblia, passaremos o mês de setembro
meditando a Palavra de Deus e agradecendo a São Jerônimo, pelo presente que ele
nos deu com a tradução da Bíblia. A leitura e meditação dessas páginas sagradas
nos ajudarão a viver na presença de Deus, colocando em prática seus
ensinamentos. É o que faremos agora, retomando as reflexões sobre a carta de
Paulo aos Filipenses, capítulo 2, versículos 12 a 18. Portanto, meus queridos
amigos, vocês que me obedeceram sempre quando eu estava aí, devem me obedecer
muito mais agora que estou ausente. Continuem trabalhando com respeito e temor
a Deus para completar a salvação de vocês. Pois, Deus está sempre agindo em
vocês para que obedeçam à vontade dele, tanto no pensamento como nas ações.
Façam tudo sem queixas nem discussões, para que vocês não tenham nenhuma falha
ou mancha. Sejam filhos de Deus, vivendo sem nenhuma culpa no meio de pessoas
más, que não querem saber de Deus. No meio delas vocês devem brilhar como as
estrelas no céu, entregando a elas a mensagem da vida. Se agirem assim, eu
terei motivo de sentir orgulho de vocês, no Dia de Cristo, pois isso mostrará
que todo o meu esforço e todo o meu trabalho não foram inúteis. Talvez o meu
sangue, isto é, a minha vida, seja apresentada como uma oferta junto com o
sacrifício que vocês, por meio da sua fé, oferecem a Deus. Se isso acontecer,
ficarei contente e me alegrarei com todos vocês.
Do mesmo modo vocês também
devem ficar contentes e se alegrar comigo. Paulo é claro. Fala e escreve sem
rodeios. Tece elogios, mas também não deixa de dizer o que sente que deve
dizer. Neste trecho, porém, sentimos a delicadeza e bondade de Paulo que, na
sinceridade de seu coração reconhece os progressos dos filipenses quanto à
obediência, o temor santo, o esforço humano, o espírito de serviço, a alegria,
a fidelidade ao evangelho, aspectos esses de suma importância e de autêntica
vida cristã. Para Paulo, a autenticidade humana se expressa na fidelidade ao
Evangelho; o santo temor na atitude de humildade e de reconhecimento da própria
fraqueza; a perseverança na alegria interior que rompe todos os esquemas
humanos e permanece firme, mesmo em meio às circunstâncias externas mais
adversas.
Falando da obediência a seus ensinamentos, Paulo exorta os filipenses
a continuarem esforçando-se, a permanecerem firmes em sua ausência e a
brilharem como as estrelas no céu, isto é, a progredirem constantemente na
prática das virtudes cristãs. Apesar das distâncias de tempo, as virtudes
cristãs não caíram de moda, mas permanecem e permanecerão para sempre,
tornando-se visíveis nas atitudes humanas. Como podemos constatar, existe em
Paulo o desejo de que os filipenses vivam em coerência com as opções tomadas e
perseverem no amor a Jesus Cristo, dando mostras de cordialidade entre si e de
respeito aos seus ensinamentos. E nós, os cristãos de hoje, também somos
chamados a viver no amor a Jesus Cristo e a praticar a sua Palavra de ontem, de
hoje e dos tempos futuros.