A data foi criada pela
Organização das Nações Unidas em homenagem a Mahatma Gandhi, nascido neste dia
no ano de 1869, na Índia. Ele foi um dos maiores líderes pacifistas da
história, levando multidões a conhecer e a praticar o significado da
não-violência, na sua luta pela independência da Índia. Certa vez o líder
indiano comentou: “Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mais nunca
a matar por ela!”
Quando, em certos momentos, a violência começou a se
manifestar entre os indianos, Gandhi praticou o jejum por duas vezes, colocando
em risco a sua própria vida com o objetivo de sensibilizar seus seguidores a
não fazer uso da violência. O termo ‘não-violência’ em sânscrito – ‘ahimsa’ –
tem o significado profundo de não dano, não prejuízo. Daí surge a ideia central
deste conceito que nos inspira a ser pacífico, o que é bastante diferente de
ser passivo. É agir de forma coerente e firme, norteados pelos nossos ideais,
sem aceitar qualquer forma de violência.
Trabalhar pela Cultura da
Não-Violência nas escolas é fundamental para que crianças e adolescentes possam
aprender a valorizar princípios como o respeito, a tolerância, o diálogo e a
solidariedade. A Cultura da Paz se faz nas pequenas ações do cotidiano: no
nosso jeito de nos comunicar com os outros, na nossa forma de lidar com
conflitos e sentimentos como frustração e raiva, na nossa capacidade de
reconhecer e valorizar as diferenças e de sermos tolerantes. Afinal, a escola
não está isolada da sociedade e todas as questões relacionadas à violência
valem para a escola também. A violência na escola não pode ser avaliada por
casos isolados de alunos e profissionais com problemas mais sérios de
comportamento. Pesquisas sobre violência nas escolas têm mostrado que a grande
maioria dos alunos e profissionais não são habitualmente violentos e nem
tampouco convivem em um ambiente desestruturado ou violento.
No entanto, muitas
vezes acabam manifestando algumas atitudes violentas na escola. Pode-se apontar
como possíveis causas alguns aspectos relacionados ao fenômeno mais frequentes,
como educadores não capacitados para lidar com o fenômeno, problemas de gestão
e de liderança escolar, ação policialesca com os alunos ou falta de propostas
que estimulem o protagonismo juvenil. É preciso calma para se buscar a paz e a
justiça. Há que se cuidar com o pânico gerado em situações extremas para que
medidas tomadas não sejam imediatistas e pautadas no medo e insegurança. Quando
acuados, movidos pelo medo, podemos não atentar para aspectos cruciais.
O
Instituto Não Violência acredita e investe em prevenção e, por isso, escolheu
como seu local de atuação as escolas: instituições cujo foco é a educação e que
reúnem no mesmo espaço e voltados para os mesmos objetivos, crianças,
adolescentes, suas mães/pais e educadores. A escola é também ambiente onde
inúmeras relações humanas se constituem. E é um dos ambientes mais propícios
para que se dê o aprendizado de valores que norteiam uma sociedade pacífica
como o respeito, a ética, a justiça. Mas como se constrói esta sociedade
pacífica? Como se dá o aprendizado destes valores? As crianças e jovens estão
sempre se espelhando nos adultos a sua volta. Responsáveis pela educação por
meio de ensinamentos e, principalmente, de atitudes somos nós, pais, mães,
educadores, policiais, políticos, autoridades, que devemos direcionar o nosso
olhar. Fonte: www.gazetadopovo.com.br/
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