02/10/2016

* 2016 - Dia Mundial da Não violência

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas em homenagem a Mahatma Gandhi, nascido neste dia no ano de 1869, na Índia. Ele foi um dos maiores líderes pacifistas da história, levando multidões a conhecer e a praticar o significado da não-violência, na sua luta pela independência da Índia. Certa vez o líder indiano comentou: “Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mais nunca a matar por ela!”
Quando, em certos momentos, a violência começou a se manifestar entre os indianos, Gandhi praticou o jejum por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida com o objetivo de sensibilizar seus seguidores a não fazer uso da violência. O termo ‘não-violência’ em sânscrito – ‘ahimsa’ – tem o significado profundo de não dano, não prejuízo. Daí surge a ideia central deste conceito que nos inspira a ser pacífico, o que é bastante diferente de ser passivo. É agir de forma coerente e firme, norteados pelos nossos ideais, sem aceitar qualquer forma de violência.
Trabalhar pela Cultura da Não-Violência nas escolas é fundamental para que crianças e adolescentes possam aprender a valorizar princípios como o respeito, a tolerância, o diálogo e a solidariedade. A Cultura da Paz se faz nas pequenas ações do cotidiano: no nosso jeito de nos comunicar com os outros, na nossa forma de lidar com conflitos e sentimentos como frustração e raiva, na nossa capacidade de reconhecer e valorizar as diferenças e de sermos tolerantes. Afinal, a escola não está isolada da sociedade e todas as questões relacionadas à violência valem para a escola também. A violência na escola não pode ser avaliada por casos isolados de alunos e profissionais com problemas mais sérios de comportamento. Pesquisas sobre violência nas escolas têm mostrado que a grande maioria dos alunos e profissionais não são habitualmente violentos e nem tampouco convivem em um ambiente desestruturado ou violento.
No entanto, muitas vezes acabam manifestando algumas atitudes violentas na escola. Pode-se apontar como possíveis causas alguns aspectos relacionados ao fenômeno mais frequentes, como educadores não capacitados para lidar com o fenômeno, problemas de gestão e de liderança escolar, ação policialesca com os alunos ou falta de propostas que estimulem o protagonismo juvenil. É preciso calma para se buscar a paz e a justiça. Há que se cuidar com o pânico gerado em situações extremas para que medidas tomadas não sejam imediatistas e pautadas no medo e insegurança. Quando acuados, movidos pelo medo, podemos não atentar para aspectos cruciais.
O Instituto Não Violência acredita e investe em prevenção e, por isso, escolheu como seu local de atuação as escolas: instituições cujo foco é a educação e que reúnem no mesmo espaço e voltados para os mesmos objetivos, crianças, adolescentes, suas mães/pais e educadores. A escola é também ambiente onde inúmeras relações humanas se constituem. E é um dos ambientes mais propícios para que se dê o aprendizado de valores que norteiam uma sociedade pacífica como o respeito, a ética, a justiça. Mas como se constrói esta sociedade pacífica? Como se dá o aprendizado destes valores? As crianças e jovens estão sempre se espelhando nos adultos a sua volta. Responsáveis pela educação por meio de ensinamentos e, principalmente, de atitudes somos nós, pais, mães, educadores, policiais, políticos, autoridades, que devemos direcionar o nosso olhar. Fonte: www.gazetadopovo.com.br/

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