O Réveillon é a
comemoração da passagem de ano do dia 31 de dezembro para o dia 01 de janeiro
do ano seguinte. A palavra veio do francês e significa “despertar” ou
“retomar”, em referência à nova etapa de uma vida que se inicia. Curiosamente,
o termo era anteriormente empregado para nomear a noite da ceia de Natal e só
posteriormente passou a designar a virada do ano.
A festa de Ano Novo já é uma
tradição no Brasil e em boa parte do mundo, assumindo, em muitos casos, um
caráter religioso cristão. No entanto, a origem do Réveillon é muito anterior
ao cristianismo, sendo geralmente atribuída à Mesopotâmia, em 2000 a.C., em uma
comemoração a algo como o “Festival de Ano Novo”. Persas, fenícios, assírios e
gregos, desde tempos remotos, também realizavam as suas celebrações de passagem
de ano.
Mas é claro que cada cultura e cada região comemora a sua passagem à
sua maneira e em datas específicas. Os chineses, por exemplo, marcam o seu ano
novo ao final de janeiro ou no início de fevereiro, enquanto os judeus
comemoram no que é, para nós, final de setembro ou início de outubro. Já para
os muçulmanos a passagem de ano é celebrada no mês de maio. No Brasil, assim como na maior parte dos
países de tradição ocidental, o Réveillon é comemorado no dia 1º de janeiro.
Isso resulta de uma decisão do calendário romano, por volta de 743 a.C., que
foi mantida pelo calendário juliano e preservada quando a Igreja Católica
adotou oficialmente o calendário gregoriano já no século XVI.
Atualmente, o
mais comum durante a comemoração do Ano Novo é o show de fogos de artifício,
além das inúmeras tradições que variam de um país para outro. No Brasil, por
exemplo, existem várias tradições herdadas das religiões de matriz africana e
afro-brasileira, tais como o Candomblé e, principalmente, a Umbanda.
O culto à
Iemanjá com oferendas ao mar é praticado até mesmo por pessoas que não fazem
parte dessas religiões, tendo uma grande receptividade junto ao público
católico. Outro hábito herdado dessas religiões é o ato de vestir-se de branco,
uma superstição pela promoção da paz e, na origem, um hábito para reverenciar
as cores do orixá Oxalá.
Para muitos, o Réveillon é um momento de renovação, de
planejar ou de colocar em prática planos antigos. Assim, são várias as
simpatias e superstições para que tudo ocorra bem, como comer lentilhas, pular
sete ondas (o número sete também se relaciona a religiões e crenças), entre
outros inúmeros hábitos.
É claro que isso tudo se trata de simbolismos, sendo,
portanto, práticas de manifestação cultural que revelam as relações de
identidade das pessoas em relação à sociedade e ao espaço.
http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/reveillon.htm
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