O
Controle de Infecção relacionado a Germes Multirresistentes
As instituições que
prestam cuidados de saúde, como os hospitais, são as mais comuns e importantes
fontes de geração e transmissão de bactérias multirresistentes, que são germes
com resistência à maioria dos antibióticos. Diversos fatores contribuem para
isso, entre eles está a vulnerabilidade dos pacientes, as falhas na adesão às
medidas de prevenção, a transmissão cruzada e a pressão seletiva exercida pelos
antibióticos.
As infecções causadas por bactérias resistentes são muito
parecidas com as infecções causadas por bactérias sensíveis aos antibióticos. O
que diferencia uma infecção da outra é o tratamento, que fica extremamente
limitado para a infecção causada por germe multirresistente, além de caros para
as instituições, visto que a gravidade prolonga a internação desses pacientes e
implica tratamento com medicamentos de custo elevado, e apresentam alto índice
de toxidade para o paciente. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar tem,
entre outras, a responsabilidade de implantar ações de biossegurança, que
correspondem à adoção de normas e procedimentos seguros e adequados para a
manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e dos visitantes, a fim de
evitar a transmissão desses germes.
As mais importantes ações de biossegurança
são a correta higienização das mãos dos profissionais de saúde, o uso do
Equipamento de Proteção Individual (EPI), o controle do uso de antimicrobianos,
a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies. As mãos são a
principal via de transmissão de microorganismos durante a assistência à saúde.
Já que as mãos são o instrumento mais utilizado no cuidado aos pacientes, a sua
higienização tornou-se a medida mais simples e menos dispendiosa para prevenir
a propagação dos germes multirresistentes e das infecções hospitalares.
A forma
preferencial de higienizar as mãos é com água e sabão ou com uso de álcool gel.
O equipamento de proteção individual constitui o meio mais simples de prevenção
de acidentes no trabalho e são destinados a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador que tem o seu uso regulamentado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego em suas normas regulamentadoras NR nº 6 e NR 32.
As luvas
servem para promover uma barreira de proteção e prevenir a contaminação das
mãos quando em contato com material contaminado, matéria orgânica e pele não
íntegra e também o contrário, reduz a possibilidade de transmissão de
microorganismos que possam estar presentes nas mãos dos profissionais durante o
cuidado prestado ao paciente. É importante lembrar que as luvas devem ser
trocadas entre a realização de procedimentos de um paciente e outro e retiradas
imediatamente após o uso.
A falha na troca das luvas na atenção de diferentes
pacientes é responsável pela transmissão cruzada de infecções e
microorganismos. O avental é usado para prevenir a contaminação das roupas e
proteger a pele do profissional durante o atendimento ao paciente
principalmente quando há risco de contágio pela exposição a sangue e fluidos
corporais. Para o cuidado a paciente portador de germe multirresistente o
avental usado deve ser retirado antes da saída do quarto em que o paciente se
encontra. A Máscara e o protetor ocular são equipamentos usados durante
procedimentos a pacientes que possam gerar respingos de matéria orgânica e
fluidos corporais e servem para proteger a mucosa dos olhos, nariz e boca. Além
disso, todo paciente deve receber medicamentos apropriados para suas condições
clínicas, em doses e período adequados e ao menor custo para si e para a
comunidade.
A CCIH tem a função de estabelecer normas para o uso racional de
antimicrobianos, a fim de evitar a pressão seletiva que leva ao desenvolvimento
de resistência bacteriana, bem como da eficácia no tratamento com o mínimo de
eventos adversos e custos reduzidos. Face
ao exposto, os profissionais de saúde devem ter uma postura consciente da
utilização destas precauções a fins de não se infectar ou servir de fonte de
transmissão cruzada. O uso de barreiras de proteção deve ser conduta
priorizada, entendendo a importância da adesão às normas de biossegurança como
uma forma de evitar ser um veículo de disseminação dos germes,
multirresistentes ou não, durante a assistência aos pacientes. Serviço de
Controle de Infecção Hospitalar – NUCIH / HRS
http://www.hospitalsudoeste.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=29
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