Comemorado em 08 de
setembro, o Dia Mundial da Alfabetização foi instituído pela ONU e pela Unesco
com o objetivo de erradicar o analfabetismo no mundo. Você
sabia que, no dia 08 de setembro, comemoramos o Dia Mundial da Alfabetização? A
data foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela Unesco
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no ano
de 1967 com o objetivo de discutir questões relacionadas com a alfabetização em
todo o mundo, bem como fomentá-la em vários países. Infelizmente, os índices de
analfabetismo ainda são altos, especialmente nos países cujo Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) ainda está abaixo do tolerável. Por esse e outros
motivos, o Dia da Alfabetização torna-se ainda mais relevante, já que propõe a
discussão sobre esse problema e as possíveis alternativas para solucioná-lo.
O
Índice de Desenvolvimento Humano está intrinsecamente relacionado com a
alfabetização e com o letramento. Quanto maior o acesso ao conhecimento e à
cultura letrada, maiores são as chances de o indivíduo conseguir um bom emprego
e, por consequência, ganhar um salário que atenda suas necessidades (incluindo
acesso à cultura e ao lazer). Alfabetizar crianças e também adultos altera
significamente os rumos de um país, e é por isso que os esforços para erradicar
o analfabetismo têm sido constantes. Os resultados de diversas políticas
governamentais já têm sido notados.
De acordo com relatório recente da ONU,
cerca de 84% da população mundial já pode ser considerada alfabetizada. Contudo,
mais do que alfabetizar uma população, é preciso letrá-la. Alfabetização e letramento,
ao contrário do que muitos imaginam, não são sinônimos. De acordo com Magda
Becker Soares, professora titular emérita da Faculdade de Educação da UFMG e
pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da Faculdade
de Educação da UFMG, “alfabetizar significa orientar a criança para o domínio
da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas
sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que
sabe ler e escrever; uma criança letrada (tomando este adjetivo no campo
semântico de letramento e de letrar, e não com o sentido que tem
tradicionalmente na língua, este dicionarizado) é uma criança que tem o hábito,
as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de diferentes
gêneros de textos, em diferentes suportes ou portadores, em diferentes
contextos e circunstâncias”. Alfabetização e Letramento estão intrinsecamente
ligados, uma vez que o ensino da linguagem deve ser direcionado a três
fundamentos básicos: a leitura, a compreensão e a produção em uma relação de
contexto social.
Por isso, é essencial que se alfabetize letrando, caso
contrário, os índices de analfabetismo funcional dificilmente diminuirão. No
Brasil, por exemplo, embora o acesso às escolas tenha sido facilitado nas
últimas décadas, os níveis de alfabetização seguem preocupando: O Inaf
(Indicador do Analfabetismo Funcional) 2011-2012 revela que 27% da população é
formada por analfabetos funcionais – o que representa um contingente de mais de
35 milhões de pessoas. Ainda temos pela frente um desafio gigantesco, mas vale
ressaltar que o analfabetismo absoluto foi, felizmente, controlado. Atualmente,
conforme pesquisa realizada pela ONU, 781 milhões de adultos em todo o mundo
não sabem ler, escrever ou contar, e cerca de 250 milhões de crianças são
consideradas analfabetas funcionais, isto é, decodificam a palavra escrita, mas
não conseguem compreender aquilo que leem.
Esses números alarmantes apenas
comprovam que o desafio de alfabetizar e disseminar o conhecimento deve ser
visto como prioridade. A alfabetização e o letramento são peças-chave para a
diminuição das injustiças sociais, influindo de maneira decisiva na vida das
pessoas, pois uma sociedade letrada é também uma sociedade mais bem organizada.
Além disso, dominar a modalidade escrita de uma língua liberta da ignorância
mulheres e homens, empoderando-os e permitindo que sejam sujeitos críticos e
donos de sua própria história.
Por isso, é essencial que, a despeito de
questões geográficas ou sociais, o conhecimento seja democratizado. Só assim a
humanidade estará livre de injustiças, especialmente, da desigualdade social.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-mundial-alfabetizacao.htm
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