Dia 8 de setembro marca o reconhecimento da luta de milhares de ONGs e associações
de todo o planeta: o Dia Nacional da Luta por Medicamentos. No Brasil, são
notórias as dificuldades de acesso dos pacientes aos tratamentos e aos remédios
que necessitam em sua luta contra as enfermidades. Algumas dessas drogas são
medicamentos imprescindíveis para inibir o agravamento de doenças, mas ainda
permanecem em fase de aprovação ou tiveram o registro negado devido a entraves
burocráticos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mesmo já
tendo sido aprovado por agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa.
Além
disso, alguns medicamentos não chegam até o paciente do sistema público, tendo
em vista a ausência de complementos necessários para manutenção e possível cura
de determinada doença. A dependência de remédios está ligada diretamente à luta
diária de pacientes para sobreviver a enfermidades, como por exemplo, a Aids,
linfoma, leucemia, mieloma múltiplo e o diabetes. Ansiedade, angústia e
incerteza juntam-se ao quadro de permanente sofrimento de soropositivos e
daqueles que dependem da insulina ou de drogas para combater os vários tipos de
câncer.
No Brasil ainda persiste o problema da distribuição, conforme acontece
com os fatores de coagulação para pessoas com hemofilia. Mesmo com o Ministério
da Saúde realizando a distribuição, o repasse pelos órgãos estaduais e
municipais não é feito. Dessa forma, os medicamentos não chegam até quem
deveria ser o maior beneficiado: o paciente. Diversas medidas facilitaram o
acesso da população de baixa renda aos medicamentos. Algumas conquistas
importantes foram alcançadas por entidades públicas e privadas, com a
distribuição gratuita de remédios considerados imprescindíveis para portadores
de diversas doenças e a quebra de patentes dos grandes laboratórios
farmacêuticos. Outro excelente avanço foi a difusão dos genéricos no Brasil.
Medicamentos
de alto custo
Também conhecidos como
excepcionais, são os considerados mais caros e que, por este motivo, possuem
atenção especial. O paciente consegue estes remédios conforme o diagnóstico de
sua enfermidade, que requeira um tratamento caro, com drogas de valor alto nos
laboratórios, distribuidoras e farmácias. É o momento em que o cidadão passa
por grande dificuldade, uma vez que é obrigado a reunir uma extensa papelada:
documentos que comprovem a doença, atestados médicos, comprovantes de
internações, guias médicas e com tantas outras exigências determinadas pelos
estados. Estes remédios são padronizados pelo Ministério da Saúde, para
tratamento de determinadas enfermidades, sendo adquiridos pela Secretaria de
Estado de Saúde com verba oriunda das instâncias federal e estadual.
O Sistema
Único de Saúde (SUS) garante os medicamentos para o tratamento de doenças como
insuficiência renal crônica, tratamento de hemodiálise, hepatite ‘C’,
hemofilia, pacientes submetidos a transplantes, esclerose múltipla, anemia
falciforme, psoríase, puberdade precoce e quimioterapias (câncer).
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