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Acidente vascular cerebral, câncer e infarto estão entre as doenças relacionadas ao tabagismo, destaca pneumologista da Rede D’Or São Luiz
Um estudo divulgado no mês passado pela revista científica The Lancet, apontou que o cigarro é responsável por uma em cada dez mortes no mundo. O Brasil aparece como um bom exemplo nessa estatística. Nos últimos 25 anos a porcentagem de fumantes diários no País despencou de 29% para 12% entre os homens, já entre as mulheres esse número caiu de 19% para 8% dos casos.
Entre as razões apontadas pela pesquisa para essa queda esta a combinação entre impostos mais altos, com avisos sobre doenças e problemas causados pelo fumo impressos nos maços do produto. Mas, apesar de toda informação disponível sobre o cigarro, boa parte dos tabagistas ainda não acredita que esse vício possa fazer mal à saúde.
“Há um estudo que mostra que 60% dos pacientes avaliados não acreditavam que fumar aumentava o risco de infarto agudo do miocárdio, por exemplo”, explica a pneumologista do Hospital do Coração do Brasil da Rede D’Or São Luiz, Bianca Coutinho.
Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta o tabagismo como a principal causa de morte evitável no mundo. Segundo a organização, estima-se que 2,8 bilhões de pessoas sejam fumantes. Já o número de mortes anuais causadas pelo uso do tabaco chega a 4,9 milhões, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
Algumas doenças estão relacionadas ao tabagismo, entre elas, as cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio – fumar aumenta o risco em seis vezes para as mulheres e em três para os homens – acidente vascular cerebral (AVC), câncer de bexiga, laringe e pulmão. “Doenças pulmonares como a doença obstrutiva crônica (DPOC) e doenças pulmonares intersticiais, também podem aparecer por decorrência desse vício”, aponta a pneumologista do HCBr.
Parando de fumar
A médica da Rede D’Or sugere algumas medidas para se livrar desse vicio. Alguns dos tratamentos englobam medidas não farmacológicas, como mudança de hábitos diários e terapia cognitivo comportamental individual ou em grupo, e farmacológicas, com medicamentos antidepressivos e terapia de reposição de nicotina. A escolha da melhor estratégia terapêutica deve ser feita pelo médico assistente, após avaliação.
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