Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth
Carvalho A Madrinha do Samba"(Rio de Janeiro, 5 de maio de 1946 – Rio de Janeiro, 30 de abril de
2019) foi uma cantora e compositora brasileira de samba. Desde que começou a
fazer sucesso, na década de 1970, Beth se tornou uma das maiores intérpretes do
gênero, ajudando a revelar nomes como Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão, Zeca
Pagodinho, Almir Guineto, o grupo Fundo de Quintal e Arlindo Cruz e Bezerra da Silva.
Beth era filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria
Nair Santos Leal de Carvalho. Tinha uma única irmã, chamada Vânia Santos Leal
de Carvalho. Decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão da mãe.]
Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e
Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai, que era advogado. Sua avó, Ressú,
tocava bandolim e violão. Sua mãe tocava piano clássico. Sua irmã Vânia cantava
e gravou discos de samba.
Beth fez balé por toda infância e na adolescência estudou
violão, numa escola de música. Seguindo essa área, se tornou professora de
música e passou a dar aulas em escolas locais. Morou em vários bairros do Rio e
seu pai a levava com regularidade aos ensaios das escolas e rodas de samba,
onde ela dançava em apresentações. Nas festas e reuniões musicais com seus
amigos, na anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso
e pela Bossa Nova, gênero que ela passou a gostar, escrevendo letras e
cantando.
Em 1964, seu pai foi cassado pelo golpe militar por ter
pensamentos de esquerda. Para segurar a barra pesada que sua família enfrentou
durante a ditadura, Beth voltou a dar aulas de violão, dessa vez para 40
alunos. Graças à formação política recebida de seus pais, Beth Carvalho é uma
artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de
outros povos. Um exemplo recente foi a conquista, ao lado do cantor Lobão e de
outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito
no mundo: A numeração dos discos.
Em 1979, Beth se casou com Édson de Souza Barbosa, craque do
futebol brasileiro (revelado pelo Bonsucesso RJ, jogou pelo Corinthians, São
Paulo e Palmeiras - SP. Desde aquela época até hoje é um grande amante do
samba. No dia 22 de Fevereiro de 1981 nasceu sua primeira e única filha, Luana,
nome escolhido pelo pai. Hoje, Luana Carvalho é atriz e cantora, se espelhando
no sucessos de sua mãe. Em entrevistas, Beth confessou que ser mãe foi e é a
coisa mais importante que já aconteceu em sua vida. Poucos anos após o
nascimento da filha, separou-se do marido. Depois dele, casou-se outras vezes e
teve novos namorados. Morava no Condomínio Edifício Praia Guinle, no bairro de
São Conrado, Rio de Janeiro.
Em 1997, viu a música “Coisinha do Pai”, grande sucesso de
seu repertório, ser tocada no espaço sideral, quando a engenheira brasileira da
Nasa Jacqueline Lyra, programou para ‘acordar’ o robô em Marte. Beth Carvalho
gravou o 25º disco, “Pagode de Mesa” ao vivo, em apresentação na gravadora
Universal Music. Embora Mangueirense de coração, Beth foi homenageada pela
Velha Guarda da Portela, com uma placa alusiva ao fato de ser a cantora que
mais gravou seus compositores. Em junho de 2002, recebeu das mãos de D. Zica, viúva
de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira. A entrega desse
Troféu, realizada no Teatro Rival do Rio de Janeiro, tornou-se, com Beth
Carvalho, um recorde de bilheteria da casa. Em 2004, a cantora gravou seu
primeiro DVD Beth Carvalho - A Madrinha do Samba, que lhe rendeu um disco de
Platina.
Desde 2010, Beth Carvalho vinha enfrentando um drama pessoal:
ela sofreu uma fissura no sacro, um osso localizado na base da coluna
vertebral. Devido a esse problema, Beth passou a se apresentar deitada em uma
cama, sem poder nem se sentar ou andar. O problema foi agravado por uma
neuropatia, causada por ela ter ficado muito tempo na mesma posição durante a
cirurgia na coluna. O problema na coluna foi provocado por uma artrose no fêmur
que fazia com que a cantora andasse mancando, causando a fissura. Após a
recuperação, teve novas complicações na coluna, ficando durante um ano e um mês
no hospital, em uma das últimas semanas no hospital, Beth teve uma infecção
pulmonar em decorrência de uma infecção num catéter, e foi parar no CTI, mas
teve alta no final de agosto de 2013, realizou um show de retorno no dia 7 de
Setembro no Vivo Rio. Beth Carvalho faleceu em 30 de abril de 2019, aos 72 anos
de idade. Estava internada desde janeiro. Faleceu após dois meses internada,a causa foi uma infecção
generalizada .