Em
17 de julho de 1914 era criada, por decreto do Exmo. Sr. Almirante
Alexandrino de Alencar, a Flotilha de Submersíveis, ficando subordinada
administrativamente ao então Comando da Defesa Móvel do Porto do Rio de
Janeiro. Em 1928, foi alterado o seu nome para Flotilha de Submarinos e, por
fim, no ano de 1963, denominada Força de Submarinos.
Esta
secular Organização Militar singrou uma existência de densa e efetiva evolução
na operação e manutenção de variadas classes de submersíveis e submarinos,
logrou assimilar o controle das atividades de escafandria, mergulho saturado,
mergulho de combate, socorro e salvamento de submarinos sinistrados e
medicina hiperbárica e, ainda, a formação, o aperfeiçoamento e a
especialização do seu pessoal, acumulando conhecimento e desenvolvendo
capacidade própria de emprego da arma.
O
avanço tecnológico observado no desenrolar da Primeira Guerra Mundial
propiciou profunda transformação no submarino. O submarino não mais se
confinava ao papel defensivo, afirmara-se como arma dissuasória por
excelência.
As
Ações de Submarinos exploram a capacidade de detecção passiva e poder de
destruição deste meio naval e concorrem para a consecução das Tarefas Básicas
do Poder Naval, sendo a negação do uso do mar a que hoje organiza, antes de
atendidos quaisquer outros objetivos, a estratégia de defesa marítima do
Brasil.
Tais
Ações podem ser atribuídas a qualquer submarino de ataque, convencional ou
nuclear, armado com torpedos e/ou mísseis táticos e minas. O confinamento da
tripulação em espaços reduzidos e o exercício de atividades de risco por
tempo prolongado constituem fatores relevantes.
O
mergulho, por sua vez, teve sua expansão fortemente associada ao salvamento e
ao emprego militar. O desenvolvimento mais necessário compreende aumentar a
capacidade do mergulhador de permanecer submerso e em condições de realizar
trabalho.
O
mergulho de combate emprega técnicas operacionais não usuais em ambientes
litorâneos e ribeirinhos.
O
sigilo, a rapidez, a surpresa e a agressividade são características
essenciais para o êxito no exercício desta complexa atividade. No que concerne
à medicina hiperbárica, a Marinha do Brasil, por meio da Força de Submarinos
e de seu sistema de saúde, é reconhecida como a entidade no País mais antiga
e tradicional de realização e referência neste tipo de área de atuação
médica, com aplicação intensiva em acidentes específicos de mergulho que
necessitam de tratamento recompressivo para tratar doenças descompressivas e
embolia traumática pelo ar.
A
Força de Submarinos é, pois, morada da abnegação, da devoção extrema, do
amplo sacrifício em prol do aprestamento adequado ao cumprimento de sua
destinação. Sua trajetória centenária está marcada por sobrepujar desafios e
aí reside o que nos credencia a absorver a preparação e a capacitação
requeridas para operar o primeiro submarino com propulsão nuclear projetado e
construído no País, por brasileiros.
Viva
a flotilha de Submarinos!
“USQUE
AD SUB ACQUAM NAUTA SUM”
(Somos
Marinheiros até debaixo d’água)
comfors
Contra-Almirante
MARCOS SAMPAIO OLSEN
Comandante
da Força de Submarinos da Esquadra
FONTE
: www.mar.mil.br/forsub
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