No Brasil há um dia
especial para homenagear o feirante, o trabalhador que comercializa o seu
produto em estruturas simples, feitas de barracas e bancadas, e que estabelece
contato direto e quase sempre amistoso com os seus clientes. O Dia do Feirante
é comemorado em nosso país em 25 de agosto. Mas antes de contarmos como ocorreu
a escolha desse dia para tal homenagem, vamos conhecer um pouco sobre as
origens das feiras livres tais quais as conhecemos. Desde a formação das
primeiras cidades, cerca de 3.000 anos a.C., as formas de trocas comerciais
começaram a se organizar em centros específicos onde as pessoas concentravam-se
para vender e comprar o que lhes interessava. Os centros comerciais tiveram
evoluções diferentes na Idade Antiga, de acordo com as civilizações, tanto no
Ocidente quanto no Oriente.
Não obstante, o modelo de feira livre tal qual o
conhecemos hoje em dia apareceu na Baixa Idade Média, isto é, a partir do
século XI. No período da Baixa Idade Média, ocorreu o chamado Renascimento
Comercial e Urbano na Europa, que deu origem aos burgos, isto é, cidades que
passaram a comportar um número elevado de pessoas vindas de várias regiões
(principalmente da África e da Ásia) e que tinham interesse em matérias-primas,
alimentos, tecidos, artesanato etc. A principal forma de organização das trocas
de produtos nessas cidades eram as feiras.
A disposição de tendas para a venda
dos produtos em um só lugar, em determinado dia da semana, facilitava as trocas
comerciais para todos. Com o início da colonização do Brasil, a partir do
século XVI, o modelo da feira livre veio com os colonos portugueses. Desde os
primórdios da Vila São Paulo (ainda n o século XVI), que daria origem à cidade
de São Paulo, há relatos de bancadas de verduras montadas nas ruas para comércio.
Além disso, o modelo geracional das feiras em pequenos vilarejos é o que
atualmente se denomina de “hortifrutigranjeiro”, isto é, venda de vegetais,
como frutas, legumes e hortaliças, e de animais criados em granja, como aves.
Uma
das feiras de São Paulo que ganharam grande fama foi a feira do Largo General
Osório, que, até 1914, ocorria de forma desordenada e irregular. Houve então
certa confusão em torno da situação dessa feira e de outras menores espalhadas
pela cidade. O então prefeito de São Paulo, Washington Luís, por meio do Ato
710, de 25 de agosto de 1914, conseguiu instituir a criação de mercados francos
como forma de regularizar minimamente a situação das feiras livres. O ato
resolvia problemas como a periodicidade da realização das feiras e o modo de
organização dos feirantes.
Desde então o Dia do Feirante, no Brasil, está
associado a esse primeiro documento que tornou regular na cidade de São Paulo
um dos ofícios mais antigos do mundo. http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-feirante.htm
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