24/05/2016

* 2016 - Consumismo exagerado pode desenvolver problemas psicológicos

Profissional explica os riscos do consumismo sem controle e a perda de identidade
Muito comum na sociedade, o investimento em bens materiais como carros, casas, eletroeletrônicos, entre outros objetos cresce à medida que a sociedade aumenta. Décadas atrás havia uma preocupação com relação ao ter, que migrou para os dias de hoje e se estabelece na sociedade em forma de consumismo exagerado.
Partindo desse princípio, de acordo com o psicólogo João Alexandre Borba, “certas pessoas adquirem alguma coisa, pois acreditam que aquele objeto represente sua identidade”. De fato faz referência, pois remete ao prazer que se sente ao comprar algo que se deseja, o que acaba indicando alguma característica de identidade. 
No entanto, segundo o profissional, o consumismo se torna preocupante quando as pessoas compram algo para conseguirem adquirir uma característica ou outra que não fazem parte da sua identidade. “Ela adquire aquele objeto acreditando que vai também adquirir aquelas características, quando se trata de uma falsa vaidade”. 
Quando o consumismo acontece em exagero acaba se tornando um problema psicológico, pois trata-se de alguém que está abandonando a própria identidade para viver uma ilusão. “Nessas questões os consumistas compulsivos dão mais importância ao ter do que necessariamente ao ser, isto é, ter um carro ou dois, por exemplo, são mais importantes do que a própria saúde muitas vezes.
Muitos precisam manter seus carros embelezados e funcionando enquanto que o próprio corpo passa a ser esquecido, terminando estressado”, afirma Borba. 
Essa compulsão por comprar gera uma preocupação que atenta quanto a qualidade de vida do consumista, que em geral não admite que compra em exagero, mas acredita que está em perfeito estado.
“O excesso de bens materiais inúteis faz com que quanto mais elas têm, mais tempo tenham que se dedicar a cuidar desses bens, o que acaba desencadeando um estresse desnecessário e em alguns casos até quadros de depressão”.
Dessa forma, o psicológico indica: "viver já demanda muito tempo, então é necessário ter momentos de prazer.
Nesses momentos em que há um descontrole ao desejar e comprar algo usa-se a ideia de menos é mais, pois os bens materiais podem sim fazer parte da identidade do comprador, no entanto, jamais conseguirão expressar verdadeiramente quem é a pessoa que os adquiriu”.
João Alexandre Borba
Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching e Psicólogo

Um comentário:

Unknown disse...

Conheço muitas pessoas com essa 'doença consumista' ... terrível ...

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