24/01/2023

* 2023 - Relógio do Juízo Final

 O Relógio do Juízo Final[1] ou Relógio do Apocalipse[2] (no original em inglês: Doomsday Clock) é um relógio simbólico mantido desde 1947 pelo comitê de diretores do Bulletin of the Atomic Scientists da Universidade de Chicago. O dispositivo utiliza uma analogia onde a raça humana está a "minutos para a meia-noite", onde a meia-noite representa a destruição por uma guerra nuclear.O número de minutos para a meia-noite, uma medida do nível nuclear, de aparelhamento e tecnologias envolvidas, é atualizado periodicamente.

Mudanças de tempo

O relógio foi iniciado em sete minutos para a meia-noite durante a Guerra Fria em 1947, e tem sido posteriormente avançado ou retrocedido em intervalos regulares, dependendo do estado mundial e da perspectiva de uma guerra nuclear. O ajuste é relativamente arbitrário, feito pela diretoria do Bulletin of the Atomic Scientists em resposta aos acontecimentos mundiais. O ajuste do relógio não tem sido feito rápido o suficiente para denotar certos eventos. A crise dos mísseis de Cuba em 1962, por exemplo, alcançou seu auge em algumas semanas, e o relógio não foi ajustado durante aquele período, provavelmente esse evento seria a tão temida "meia noite" da humanidade. Não obstante, alterações no relógio geralmente atraem atenção. Em 26 de Janeiro de 2017, houve um avanço de três para dois minutos e trinta segundos para a meia-noite, a primeira mudança com uso de fração desde 1947. Em 25 de Janeiro de 2018, foi anunciado um avanço para dois minutos para a meia-noite. A última vez que o relógio marcou esta hora foi em 1953, quando os Estados Unidos e a União Soviética testavam dispositivos termonucleares.[3] Em 23 de janeiro de 2020, foi anunciado um avanço para 100 segundos (1 minuto e 40 segundos) para a meia-noite. Foi o marco mais próximo da meia-noite desde da criação do Relógio, em 1947. Em 27 de janeiro de 2021 foi anunciado que os ponteiros do Relógio do Juízo Final não avançariam e continuaria a mostrar o mesmo horário definido no ano passado: 100 segundos para a meia-noite.[4]

Gráfico do Relógio do Juízo Final

Os ponteiros do relógio já se moveram 24 vezes em resposta aos eventos internacionais desde seu início em sete minutos para meia-noite, em 1947. Quanto mais baixo o ponto no gráfico, maior a probabilidade de uma catástrofe nuclear.

AnoMin. restantesTempoMudançaMotivoImagem
19477:0011:53A contagem inicial do Relógio do Juízo Final.Doomsday Clock 7 minute mark.jpg
19493:0011:57-4União Soviética testa sua primeira bomba atômica.Doomsday Clock 3 minute mark.jpg
19532:0011:58-1Os Estados Unidos e a União Soviética testam dispositivos termonucleares no intervalo de nove meses entre um e outro.Doomsday Clock 2 minute mark.jpg
19607:0011:53+5Em resposta a uma percepção de um aumento da cooperação científica e compreensão pública dos perigos de armas nucleares.Doomsday Clock 7 minute mark.jpg
196312:0011:48+5Os Estados Unidos e a União Soviética assinam o Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, limitando testes nucleares atmosféricos.Doomsday Clock 12 minute mark.jpg
19687:0011:53-5França e China adquirem e testam armas nucleares (1960 e 1964 respectivamente); guerras no Oriente Médio, subcontinente indiano, e a Guerra do Vietnã.Doomsday Clock 7 minute mark.jpg
196910:0011:50+3O Senado dos EUA ratifica o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.Doomsday Clock 10 minute mark.jpg
197212:0011:48+2Os Estados Unidos e a União Soviética assinam o Acordo de Limitação de Armamentos Estratégicos (SALT I) e o Tratado Anti-míssil balístico.Doomsday Clock 12 minute mark.jpg
19749:0011:51-3Índia testa um dispositivo nuclear (Smiling Buddha).Doomsday Clock 9 minute mark.jpg
19807:0011:53-2Outros impasses nas conversações EUA - URSS provocam guerras nacionalistas e ações terroristas.Doomsday Clock 7 minute mark.jpg
19814:0011:56-3Intensifica-se a corrida armamentista; conflitos no AfeganistãoÁfrica do Sul, e Polônia aumentam a tensão mundial.Doomsday Clock 4 minute mark.jpg
19843:0011:57-1Nova escala da corrida armamentista nos EUA na política de Ronald Reagan.Doomsday Clock 3 minute mark.jpg
19886:0011:54+3Os EUA e a União Soviética assinam um tratado para eliminar as forças nucleares de alcance intermédio; melhoram as relações.Doomsday Clock 6 minute mark.jpg
199010:0011:50+4Queda do Muro de Berlin; sucesso nos movimentos anti-comunistas na Europa Ocidental; Guerra Fria próxima ao fim.Doomsday Clock 10 minute mark.jpg
199117:0011:43+7Os Estados Unidos e a União Soviética assinam o Tratado de Redução de Armamentos Estratégicos (Strategic Arms Reduction Treaty). O relógio está na sua maior distância da meia-noite até hoje.Doomsday Clock 17 minute mark.jpg
199514:0011:46-3Despesas militares globais continuam nos níveis da Guerra Fria; preocupações com a inteligência e a proliferação de armas nucleares soviéticas.Doomsday Clock 14 minute mark.jpg
19989:0011:51-5Índia e Paquistão testam armas nucleares; Estados Unidos e Rússia entram em dificuldades em reduzir os estoques.Doomsday Clock 9 minute mark.jpg
20027:0011:53-2Pequeno progresso sobre o desarmamento nuclear global; Estados Unidos rejeita uma série de tratados de controle de armamento e anuncia a sua intenção de se retirar do Tratado Anti-Mísseis Balísticos; terroristas procuram adquirir armas nucleares.Doomsday Clock 7 minute mark.jpg
20075:0011:55-2Recente teste nuclear da Coreia do Norte; ambições nucleares do Irã. Novo interesse dos EUA sobre a utilidade militar de armas nucleares; a não suficiente adequação dos materiais nucleares, bem como a continuação de cerca de 26000 armas nucleares nos Estados Unidos e na Rússia. Especialistas avaliam os riscos para a civilização ter acrescentado o Aquecimento Global e a perspetiva de uma aniquilação nuclear como as maiores ameaças à humanidade.Doomsday Clock 5 minute mark.jpg
20106:0011:54+1Cooperação mundial para reduzir arsenais nucleares e compromissos para limitar as emissões de gases que comprometem a estabilidade climática.[5]Doomsday Clock 6 minute mark.jpg
20125:0011:55-1Piora na situação mundial devido aos perigos de proliferação nuclear e mudança climática.Doomsday Clock 5 minute mark.jpg
20153:0011:57-2Os líderes globais, “falharam em agir na velocidade ou escala requerida para proteger os cidadãos de uma potencial catástrofe, seja pelo aquecimento global ou na luta contra a corrida armamentista nuclear”.[6]Doomsday Clock 3 minute mark.jpg
20172:3011:57:30-12Aumento do nacionalismo, comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as armas nucleares, a ameaça de uma renovada corrida armamentista entre os EUA e a Rússia e a descrença no consenso científico sobre a mudança climática pela Administração Trump.[7][8][9][10] Este é o primeiro uso de uma fração no tempo.Doomsday Clock- 2.5 minutes.svg
20182:0011:58-12Significativos avanços na tecnologia de armas nucleares norte-coreana, ações provocativas trocadas entre Coreia do Norte e Estados Unidos[3]. Até então, a última vez que o relógio esteve tão perto da meia noite foi em 1953.Doomsday Clock 2 minute mark.jpg
20192:0011:580Os líderes mundiais não reconheceram ou realizaram esforços para que a situação climática global tenha melhorado.Doomsday Clock 2 minute mark.jpg
20201:4011:58:2013O fracasso dos líderes mundiais em lidar com ameaças cada vez mais prováveis ​​de guerra nuclear, como o fim do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) entre os Estados Unidos e a Rússia, bem como o aumento das tensões entre os EUA e o Irã, fracasso contínuo no combate às mudanças climáticas e a pandemia de coronavírus (Covid-19) . Esta é a posição mais próxima do relógio à meia-noite, excedendo a de 1953 e 2018.[11]Doomsday clock (1.67 minutes).svg

Referências

  1.  «Cientistas reduzem tempo restante do 'Relógio do Juízo Final': faltam 2 min para a meia-noite»G1. 26 de janeiro de 2017. Consultado em 30 de maio de 2017[ligação inativa]
  2.  «Relógio do Apocalipse fica mais perto da meia-noite após posse de Trump»BBC BrasilFolha de S.Paulo. 27 de janeiro de 2017. Consultado em 30 de maio de 2017
  3. ↑ 
    Ir para:
  4.  January 2021, Mindy Weisberger-Senior Writer 27. «Doomsday Clock stands at 100 seconds to midnight»livescience.com (em inglês). Consultado em 28 de janeiro de 2021
  5.  «O Relógio do Fim do Mundo: quanto falta para o cataclismo». Época. 14 de janeiro de 2010. Consultado em 14 de janeiro de 2010
  6.  Sergio Matsura (22 de janeiro de 2015). «'Relógio do Apocalipse' é adiantado para 23h57m e humanidade fica mais perto da extinção». O Globo
  7.  Science and Security Board Bulletin of the Atomic Scientists. «It is two and a half minutes to midnight» (PDF). Bulletin of the Atomic Scientists. Consultado em 26 de janeiro de 2017
  8.  «Board moves the Clock ahead» (em inglês). Bulletin of the Atomic Scientists. 26 de janeiro de 2017. Consultado em 26 de janeiro de 2017
  9.  Holley, Peter; Ohlheiser, Abby; Wang, Amy B. «The Doomsday Clock just advanced, 'thanks to Trump': It's now just 2½ minutes to 'midnight.'»Washington Post. Consultado em 26 de janeiro de 2017
  10.  Bromwich, Jonah Engel (26 de janeiro de 2017). «Doomsday Clock Moves Closer to Midnight, Signaling Concern Among Scientists»The New York Times. Consultado em 26 de janeiro de 2017
  11.  «Humanity is closer to annihilation than ever before, scientists say»The Independent (em inglês). 23 de janeiro de 2020. Consultado em 23 de janeiro de 2020

31/12/2022

* 2022 - 97ª edição da Corrida São Silvestre

 

A 97ª edição da Corrida São Silvestre, disputada na manhã deste sábado em São Paulo, terminou com dois campeões inéditos. O primeiro lugar da prova feminina ficou com a queniana Catherine Reline, de apenas 20 anos, que completou o trajeto em 49min39 e superou as compatriotas Yimer Wude, tricampeã da corrida paulista, e Kabebush Yisma, donas do segundo e terceiro lugar, respectivamente. A brasileira Jenifer nascimento ficou em quarto lugar.

Já o vencedor entre os homens foi o ugandense Andrew Kwemoi, que cruzou a linha de chegada com o tempo de 44min43s, e se tornou o primeiro atleta de Uganda a ser campeão da São Silvestre. A segunda colocação ficou Joseph Panga, da Tanzânia, e o terceiro lugar foi de outro ugandense, Maxwell Rotich.


Atrás deles, o brasileiro Fábio Jesus Correia chegou em quarto e se jogou no chão, emocionado pela conquista. "Estou pensando na minha mãe. Acho que ela estava me dando força", disse em entrevista à TV Globo. "Não é fácil, a nossa vida é um pouco sofrida. Eu trabalhei como Uber, sou coletor. Minha rotina é muito puxada, mas cheguei aqui e fiz uma coisa que muitos duvidavam. Só tenho a agradecer."

Havia o receio de que a corrida pudesse ser atrapalhada pelo clima, após uma semana de muita chuva. A capital paulista, contudo, amanheceu ensolarada e a prova foi disputada com solo seco do início ao fim. Debaixo do sol, muitos participantes amadores homenagearam Pelé, morto na última quinta-feira.

As pessoas levavam cartazes com frases como "Obrigado, Pelé", vestiam roupas personalizadas e exibiam imagens do Rei do Futebol. Em uma das homenagens, a foto do atleta do século aparecia ao lado de uma foto de Erasmo Carlos, outro ícone brasileiro que morreu neste ano.

Na disputa feminina, Catherine Reline se destacou do primeiro bloco perto do meio da prova e se isolou na frente, sem sofrer grandes ameaças até cruzar a linha de chegada no retorno à Avenida Paulista. A tricampeã Ymer Wude conseguiu diminuir um pouco a distância na parte final do trajeto,mas terminou bem atrás da vencedora. Kabebush Yisma veio logo atrás, seguida por Jenifer Nascimento.

A prova masculina foi um pouco mais equilibrada na definição do vencedor. Andrew Kwemoi foi perseguido por Joseph Panga, mas não deixou ele encostar e conseguiu a vitória inédita para a Uganda na tradicional corrida de rua brasileira. Panga cruzou a linha de chegada 26 segundos depois do ugandense. Então, vieram Maxwel Rotich e o emocionado Fábio Jesus Correia.

FONTE:https://www.terra.com.br/esportes/atletismo/corrida-de-rua/andrew-kwemoi-conquista-sao-silvestre-no-masculino-e-catherine-reline-vence-no-feminino,fdaebba8d709a3c0044d8f58dc37870bdhxvgt77.html

FOTOS: https://popularmais.com.br/noticia/14200/atletas-de-uganda-e-quenia-vencem-a-sao-silvestre-2022

https://www.gazetaesportiva.com/sao-silvestre-conteudo/africanos-dominam-97a-edicao-da-sao-silvestre-quenia-dispara-no-feminino/ https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/jogada/uganda-e-quenia-sao-destaques-na-corrida-sao-silvestre-2022-veja-vencedores-1.3318716

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