Caracterizada por
queixas de dor músculo-esquelética difusa, a Fibromialgia é uma doença
dolorosa, de longa evolução, não inflamatória, que acomete em torno de 4% da
população mundial. Não à toa, 12 de maio foi instituído o Dia Mundial da
Fibromialgia, quando há um esforço em centros, hospitais e clínicas em divulgar
a doença. No Brasil, estima-se que 4,8 milhões de pessoas têm fibromialgia, mas
apenas 2,5% desse total recebem tratamento adequado. “O principal sintoma da
fibromialgia é dor em vários músculos, tendões e articulações, inclusive na
coluna vertebral.
Mas a doença apresenta outros sintomas, como cansaço,
tristeza, depressão, dificuldade de concentração, palpitação, sono não
reparado, dor de cabeça e até mesmo períodos de diarreia ou prisão de ventre,
dor abdominal e dificuldade de digestão. A intensidade pode ser de moderada à
forte. Não sabemos, ainda, a causa da fibromialgia e seu diagnóstico não
depende de exames de sangue ou Raio-X. O médico reumatologista precisa ter
muita experiência para diagnosticar e tratar da doença”, explica o
reumatologista Sergio Rosenfeld, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia
Botafogo.
5% dos pacientes que
vão ao consultório com dores constantes têm fibromialgia
O Dr. Sérgio relata que
uma pesquisa demonstrou que pelo menos 5% dos pacientes que vão ao consultório
com queixa de dores constantes têm fibromialgia. Há, segundo ele, um
preconceito grande com os portadores de fibromialgia, pois muitas vezes eles
sentem muitas dores com um simples contato físico, mas nenhum exame comprova
essa dor. “É importante estabelecer uma boa relação médico-paciente, entendendo
a pessoa como um todo – seu corpo, suas emoções e seus sentimentos. A parte
medicamentosa é indispensável e não existe um remédio específico. Temos, sim,
um conjunto de remédios associados que, a curto e médio prazo, eliminam as
dores e sintomas da Fibromialgia. E a reabilitação física também é fundamental,
pois vai trazer de volta a qualidade de vida perdida”, explica ele. O CREB
adota protocolos que podem incluir apoio psicoterápico, tratamento
medicamentoso e reabilitação física, entre os quais relaxamento, acupuntura,
fisioterapia específica para cada caso, hidroterapia realizada em piscinas
exclusivas para esse fim, disponíveis na clínica, e, em um segundo momento, até
Pilates e RPG.
“Temos tratamentos avançados, associados a protocolos que
incluem a hidroterapia e a acupuntura, e a prática regular de exercícios
físicos orientados, que trazem excelentes resultados. Mas para que isso
aconteça, é preciso procurar um especialista com experiência”, garante o Dr.
Sérgio Rosenfeld
https://www.creb.com.br/rio/12-de-maio-e-o-dia-mundial-da-fibromialgia/
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