04/05/2015

* 2015 - O QUE É SER MÃE NA ATUALIDADE?


A mulher vem a cada dia mais distanciando o seu modo de pensar sobre a maternidade. A mulher de hoje apesar de seu relógio biológico “Apitar”, alertando-as que estão se esgotando seu “tempo biológico de ser mãe”, tentam muitas vezes dribla-los. Deixando para mais tarde....como dizem...até os 37...38 e talvez até os 40 anos ainda dá tempo.
Ao “longo dos anos, muitas mudanças profundas houve entre a “Mãe do sec. 20 com as mães do começo séc.21”. Hoje além da opção “Mãe”, temos a opção “estudante ou profissional de carreira”, que nada mais é do que estar sempre se aperfeiçoando em sua vida intelectual e profissional. Não são todas que delegam o direito de cuidar dos filhos a terceiros, querem e tentam ser mães integrais, para isso tem que optar se chegou o momento de parar de trabalhar, de estudar, de ser empresária e assim por diante enquanto o filho necessitar, sem que isso traga prejuízo futuro para sua relação de mãe e filho.
Algumas mulheres já se manifestam em não querer ser mães, e outras, conseguem pessoas que as assessoram e assim continuam sua vida paralela , à seu status de mãe. Outra parcela de mulheres mesmo que utilizam as justificativas de não terem desejos de ser mães , se  camuflam perante a sociedade que as cobram como para ser uma mulher completa tem que ser mãe ou seja sentir a maternidade para se completar como pessoa. Sendo conflitante esse desejo que vem de muitas datas e barra atualmente na “cobrança” social. Nem todas as mulheres nasceram para a “procriação”, temos o livre arbitro de decidir se queremos ser mães ou não. Por essas cobranças muitas sedem e tornam-se mães problemáticas que se sentem cobradas, e seu desejo de ser independente, ter sucesso econômico e percebem que o “milagre da vida”, não é tão clamoroso. Não devemos achar que toda mulher ao ter seu filho, não possa sentir que a vida de mãe seja maravilhosa eternamente. Mulheres com “depressão pós parto” existe e existira sempre. Devemos realmente analisar se o “desejo de ser mãe” nos satisfaz ou estamos incorporando o desejo da sociedade de sermos mães.  Atualmente podemos ter o auxilio da psicanalise que podem nos ajudar a se conhecer melhor mostram que o instinto materno não é algo “inato” e que podem ser construído ao longo do processo de querer ser mãe, de poder gostar desse pequeno SER que vai aos poucos crescer em seu ventre. Uma mãe não nasce já pronta com esse amor de mãe e filho, mas aos poucos vai se construindo.
Vemos isso diariamente em noticiário que filho mata mãe, mãe mata filho e “onde está esse amor incondicional?”  Outro desafio que nós mulheres temos em ter filhos e cria-los, apesar de ter a tecnologia  como diria muitas avós, fraldas no passado eram necessário passar, hoje são descartáveis. Mas a educação hoje é mais difícil, nosso filhos são diariamente “bombardeados” com verdades prontas , as facilidades tecnológicas, estão mais expostas.  Ser mãe de filhos enquanto dependentes seus , não existe “receita prontas”. Ter filhos é sempre uma experiência desorganizadora e que nem sempre nós mães conseguimos chegar ao final da jornada com organização. Quando olhado de fora a tarefa parece ser fácil, organizada, bonita,  mas o dia a dia de mãe é uma eterna luta entre a razão e a emoção. Estudiosos nos diz que atualmente a tarefa de ser mãe, num mundo globalizado onde a sexualidade esta a flora, as informações e desinformações estão a disposição, ser mãe é um desafio avassalador do que em décadas passadas. Apesar de termos condições de planejar a quantidade de filhos que desejamos ou mesmo de optar se queremos ter filhos. Hoje a mãe tem que estar conciliando a criação de sua prole, apesar de pequena, 2 ou no máximo 3 filhos, o trabalho doméstico e a vida profissional, coisa que outrora era o inverso. Nossas mães  tinham grandes proles, 10 filhos ou mais , mas a mãe era pessoa central da casa, estava presente 24 horas e eram muitas vezes ajudadas pelos familiares na criação dos filhos. A nova geração de mães recorrem muitas vezes a estranhos que se especializam para dar esse apoio familiar, ou seja creches, centro dia ou berçários, para dar conta das tarefas que o dia a dia exige.
Não é fácil hoje a mulher escolher pela maternidade, apesar dos avanços da medicina, nós mulheres temos infelizmente um “relógio biológico” que muitas vezes atropelamos para conseguir realizar todas as coisas  que o nosso tempo nos proporciona, mas em curto prazo. Mesmo que nós mulheres nos organizamos, o tempo é curto...e acabamos por optar em não sermos mães pois temos o medo de nos tornarmos avós dos nossos próprios filhos. Mas mesmo sendo difícil a tarefa de ser mãe, temos parceiros maravilhosos como marido, companheiros, medicina, avanços tecnológicos e a opção de nos doar, ou seja, adotando um pequeno ser e nós tornando “mães do coração”.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de famílias chefiadas por mulheres cresceu mais do que quatro vezes nos últimos dez anos. Em relação aos casais sem filhos. 
Dalva Day
Assistente social

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