Por Prof. Dr. Mario Louzã, médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (CRMSP 34330)
A doença de Alzheimer foi descrita pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, em 1906. Trata-se de um processo degenerativo do sistema nervoso central que atinge, em geral, pessoas acima dos 65 anos de idade. Essa é a forma mais comum de demência no idoso. O desenvolvimento da doença acontece quando o cérebro produz a proteína tau (intracelular) e o peptídeo beta-amiloide. Essas substâncias são tóxicas para os neurônios e estes acabam morrendo com o tempo. A perda neuronal leva à progressiva redução da massa cerebral e, consequentemente, aos sintomas da doença.
Nas fases iniciais, os sintomas mais importantes são as falhas progressivas de memória em relação a fatos recentes. Já os fatos antigos, ficam preservados. A pessoa pode se lembrar detalhadamente de algo que ocorreu há 50 anos, mas não se lembra de algo que ocorreu ontem, ou há poucas horas. Muitas vezes, faz a mesma pergunta repetidamente, ouve a resposta, mas logo se esquece e pergunta de novo.
A medida que a doença progride, a pessoa começa a ter dificuldade para se orientar no tempo e no espaço. Ela pode se perder ao sair na rua para ir a um lugar conhecido, e depois não achar o caminho de volta. Outros sintomas são alterações do sono, agitação ou apatia, e até quadros psicóticos. Na fase final da doença, o paciente perde a capacidade de se expressar, não reconhece nem os familiares e não consegue mais cuidar de si mesmo, demandando a presença de cuidadores em tempo integral. Ainda há dúvidas e controvérsias sobre as causas da doença de Alzheimer.
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