Hoje
se comemora o Dia da Unidade Humana. Pensar sobre esse tema nos leva a imaginar
sobre as diversas expressões culturais existentes, e nos remete a propor uma
definição sobre cultura. Segundo Chauí (1995, pg. 50) “A cultura é a criação
coletiva de idéias, símbolos e valores pelos quais uma sociedade define para si
mesma o bom e o mau, o belo e o feio, o justo e o injusto, o possível e o
impossível, o inevitável e o casual, o sagrado e o profano, o espaço e o tempo.
A cultura se realiza porque os seres humanos são capazes de linguagem, trabalho
e relação com o tempo. A cultura se manifesta como a vida social, como a
criação de obras de pensamento e de arte, como vida religiosa e política.” A
diversificada forma de manifestação cultural que o indivíduo apresenta em
sociedade, vem atravessando fases de transformações sociais que exige de cada
um de nos, maturidade e respeito diante das diferenças apresentadas. Os
pressupostos culturais diversos e a dinâmica da transformação cultural é notório,
e algumas classes sociais (deficientes, indígenas, negros etc.) tem sido de
alguma forma alvo de escárnio por algum grupo que se julga muitas vezes a voz
da expressão moral, os quais tem estabelecido normas e condutas que devem ser
observadas como padrão. Nestes casos, o respeito às diferenças não tem sido
levado em consideração, à diversidade tem sido vista como algo de horror e uma
afronta aos bons costumes, surgindo com isso à discriminação e o preconceito,
onde alguns são excluídos, são considerados seres inferiores e sem expressão
social, por isso indigno de todo respeito que um cidadão merece. Pensar em
Diversidade é compreender que somos diferentes uns dos outros, é perceber que
as diferenças existentes precisam ser superadas pelo respeito, e que temos
muito que aprender com as diferenças.
Nesta proposta de transformação, a escola
poderá ser um canal na minimização do preconceito e discriminação, mas nem
sempre isto é visto na prática. Em muitas situações os professores não são
capacitados para lidar com as adversidades e preconceitos existentes no dia a
dia em sala de aula, com isso seus medos e preconceitos, por si só, é
suficiente para que o aluno se exclua. Uma educação não
excludente e que trabalhe com o objetivo de mitigar as diferenças existentes,
não é tarefa simples, requer qualificação por parte do educador, pois para
saber lidar com as adversidades é necessário conhecer e compreender como elas
se manifestam e em que contexto. Portanto o educador que acolhe seus alunos,
deverá ser um professor reflexivo que percebe e respeita as diferenças de cada
um, que promova um ambiente de igualdade, sem limites de fronteiras, e propicia
uma segurança que refletirá em um melhor e maior desenvolvimento intelectual do
educando. O respeito à diversidade precisa ser levado em consideração pelo
professor como algo primordial, imprescindível em seu trabalho pedagógico,
posto que, como assevera Morin: “Cabe à educação do futuro cuidar para que a
idéia de unidade da espécie humana não apague a idéia de diversidade e que a da
sua diversidade não apague a da unidade. […] É a unidade humana que traz em si
os princípios de suas múltiplas diversidades. Compreender o humano é
compreender sua unidade na diversidade, sua diversidade na unidade”.
Portanto
faz-se necessário pensar a educação escolar como um ambiente social de
diferentes comportamentos, saberes e linguagens, com a finalidade de promover
uma educação verdadeiramente democrática e cidadã.
https://primelifeblog.wordpress.com/2014/08/14/dia-da-unidade-humana/
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