Para
celebrar o Dia do Advogado, comemorado todo dia 11 de agosto, estudantes de
Direito têm o costume de fazer refeições em restaurantes pelo país e sair sem
pagar a conta. O
Dia do Pendura (ou "Dia do Pindura") começou a ser praticado pelos
alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, em
comemoração ao aniversário de criação dos primeiros cursos superiores de
Direito no Brasil, em 1827. Os
donos de restaurantes próximos ao Largo de São Francisco costumavam oferecer
refeições gratuitas aos alunos, em homenagem à importância e à grandeza da
faculdade pois, antes de sua fundação, ainda no século 19, os jovens de
famílias endinheiradas eram obrigados a estudar na Europa, por falta de cursos
especializados no país.
Ao
final da refeição, um dos estudantes discursava - geralmente o mais eloquente
da turma -, agradecendo aos garçons e à casa, e deixava a promessa de que
voltaria para pagar a conta quando estivesse graduado. O
costume se estendeu a outras faculdades de Direito por todo o país, porém os
donos de alguns estabelecimentos se recusam a participar da brincadeira, por
considerá-la abusiva e não desejarem arcar com o prejuízo. Mas na maioria das
vezes os alunos se safam de punições mais severas, já que os juízes e delegados
costumam conhecer bem a tradição e suas "consequências".
O
"pindura" na São Paulo de hoje
Flora,
22, e Carolina Ponce, 22, são alunas do quinto ano na Faculdade de Direito da
USP. Neste ano elas não vão praticar a “pindura”, mas contaram ao R7 que,
quando estavam no primeiro e no segundo anos do curso, participaram desta
tradição dos cursos de Direito.
-
Todo mundo faz no começo da faculdade. Hoje não participo por vergonha de
chagar em um lugar, comer e dizer que não vou pagar. Já acabei na delegacia
duas vezes, diz Flora
Elas
contaram que, segundo a tradição, após a refeição os alunos cantam a seguinte
música:
-
Garçom, tira a conta da mesa e bota um sorriso no rosto, seria muita avareza
cobrar do 11 de agosto!
- Tem muita gente que
combina antes com o restaurante também, mas eu acho que perde a essência da
tradição, finaliza Carolina. *Colaborou Julia Chequer, fotógrafa do R7
http://entretenimento.r7.com/jovem/noticias/conheca-um-pouco-da-historia-do-dia-do-pendura-20100811.html
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