A
partir de 2017, 30 de agosto será
lembrado como o Dia Nacional do Perdão. A lei que institui a data foi
sancionada dia 19 de agosto pelo presidente Michel Temer e publicada dia 20 do
mesmo mês no Diário Oficial da União. O
projeto de lei foi aprovado em abril de 2015 na Câmara dos Deputados e no
último dia 28 nos Senado Federal. A deputada Keiko Ota (PSB-SP), autora do
texto, escolheu a data em alusão ao dia da morte de seu filho, Ives Ota,
sequestrado e assassinato aos 8 anos.
Na
justificativa para o PLC 31/2015, Keiko afirma que o objetivo é propor uma
reflexão sobre o tema, além de ressaltar a luta de diversos movimentos sociais
e parentes por justiça. Ela e o marido, Masataka Ota, fundaram, em 1997, o
Movimento Paz e Justiça Ives Ota. “Lembro
a memória de meu filho, Ives Ota, sequestrado e assassinado brutalmente aos 8
anos. Eu e meu marido, Masataka Ota, perdoamos aqueles que causaram esse mal à
minha família”, destacou a deputada.
Entenda
o caso
Ives
Ota foi sequestrado em casa, na zona leste de São Paulo, em agosto de 1997. Por
ter reconhecido um dos homens, que era policial militar e fazia bico como
segurança em uma loja da família, o garoto foi morto na madrugada do dia
seguinte. Mesmo depois da execução, o grupo continuou negociando o resgate. Os
três envolvidos no caso foram condenados.
Na Audiência Geral, dia
21 de setembro de 2016, na Praça São Pedro (Roma), o Papa Francisco disse que
“perdoar é o primeiro pilar que sustenta a comunidade cristã”. O segundo, segundo
o pontífice, é doar-se. Estar disposto a doar-se obedece a uma lógica coerente:
na medida em que se recebe de Deus, se doa ao irmão, e na medida em que se doa
ao irmão, se recebe de Deus”, disse.
http://cnbb.net.br/lei-sancionada-define-o-dia-30-de-agosto-como-o-dia-nacional-do-perdao-no-brasil/
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