Dia 1º de agosto, é comemorado o Dia do Esmalte.
História do Esmalte
Apesar de tantos usos na contemporaneidade, o esmalte já
integrava o cotidiano da realeza do Antigo Egito. Por volta de 3500 a.C., as
mulheres egípcias aplicavam uma tintura de henna preta nas unhas. As cores mais
vibrantes ficavam destinadas ao uso da família real e chegavam a despertar
algumas preferências entre as rainhas do Egito. Cleópatra tinha uma clara
preferência pela tonalidade vermelho-escura. Já Nefertiti tinha mais gosto pelo
esmalte de tom rubi.
O mesmo poder de distinção social observado no uso do
esmalte entre os egípcios também era perceptível entre os chineses. Em meados
do século 3 a.C., o uso de tons vermelhos e metálicos (feitos com soluções de
prata) significavam a ocupação de um lugar privilegiado na hierarquia social.
Já entre os romanos, a pintura dava lugar a tratamentos com materiais abrasivos
que faziam o polimento das unhas. A tecnologia para o tratamento das unhas
ficou relativamente estagnado até o século XIX. Nessa época, os cuidados se
restringiam à obtenção de unhas curtas e que estivessem moldadas por uma boa
lixa. Em alguns casos, as unhas eram ligeiramente perfumadas com óleo e polidas
com uma tira de couro. Numa época em que o recato era uma importante virtude, a
extravagância dos esmaltes não seria nenhum pouco prestigiada.
Até essa época,
uma das grandes descobertas foi a invenção do alicate até hoje utilizado para a
remoção das cutículas. No começo do século XX, os esmaltes começaram a
recuperar espaço com o uso de soluções coloridas que não permaneciam fixadas
mais do que algumas horas. Somente em 1925, durante estudos que desenvolviam
tinturas para carros, foram descobertas as primeiras soluções que se assemelham
com os esmaltes de hoje. No século 19, já havia livros que continham instruções
para fazer a pintura de unhas. O estigma contra qualquer forma de cosméticos
era muito forte e a maioria das mulheres simplesmente lustravam suas unhas com
cremes e pós coloridos.
Na sua primeira versão, o produto era de um tom
rosa-claro e era aplicado no meio das unhas. Chegando à década de 1930, já
podemos notar que a “pintura” nos dedos dos pés e das mãos fazia muito sucesso
entre as grandes estrelas do cinema hollywoodiano, como Rita Hayworth e Jean
Harlow. No ano de 1932, os irmãos Charles e Joseph Revlon custearam a invenção
de um novo tipo de esmalte, mais brilhante e com um leque variado de
tonalidades. Nas décadas seguintes, vemos que a tecnologia empregada foi se
tornando cada vez mais complexa. As unhas postiças parecem como uma boa
alternativa de se chamar a atenção sem gastar horas na manicure. Há poucos anos
foram disponibilizadas máquinas capazes de imprimir uma imagem digital nas
unhas. Difícil é saber onde a indústria da beleza pode chegar a fim de atiçar a
vaidade feminina. Anos 1930 e 1940 foram marcados pelo aumento da oferta de
cores. Se no começo as mulheres só tinham opções muito básicas para pintar as
unhas, as décadas seguintes ofereceram uma oferta cada vez maior de esmaltes. O
acabamento desses produtos ficou mais sofisticado e a essa altura já era
possível achar alguns com cobertura opaca nas lojas.
Mulheres dos anos 1950 faziam questão de unhas alongadas. Na década de 1950, unhas longas eram alvo de desejo do
público feminino e foi nessa época que surgiu a técnica de criar extensões de
acrílico. No início o acrílico vinha dos consultórios dentários e muitas
manicures pegavam seus produtos com dentistas. Isso logo foi considerado muito
perigoso para aplicar nas unhas, então produtos de acrílico seguros e
profissionais foram criados.
Esmaltes clarinhos eram os preferidos das mulheres
nos anos 1960. Até esse momento o vermelho era de longe o esmalte preferido do
público feminino, mas na década de 1960 as coisas mudaram.
Os esmaltes claros e
delicados, como os de tom pastel, dominaram as mãos nesse período. Década de
1970 trouxe a tona a clássica francesinha e novos formatos de unha. Nesse
período da história as mulheres desenvolveram um estilo todo especial para as
unhas e passaram a usar dois clássicos que são queridinhos até hoje: o formato
mudou de unhas amendoadas para as mais quadradas e as francesinhas se tornaram
extremamente fashion. 1980 foi a década da criatividade e traz inspiração até
hoje para as loucas por esmalte Na década em que o exagero era celebrado pela
moda, as unhas também ganharam uma enxurrada de informações em forma de nail
arts: isso inclui múltiplas cores de esmalte aplicadas em uma única unha,
airbrushing, pintura à mão livre, enfeites, penas, tons vibrantes de rosa,
tonalidades neon e esmaltes dourados.
Minimalismo e unhas naturais marcaram o final dos anos 1990.
Assim como aconteceu com as roupas, as unhas também foram por
um caminho minimalista depois de todo o exagero dos anos 1980. “No final dos
anos 1990 e início dos anos 2000 as unhas naturais se tornaram populares de
novo”, diz a profissional.
Anos 2000 são marcados pela grande oferta de cores e pela
volta das nail arts. Quem vai à farmácia ou a uma loja de produtos
especializados fica perdida no meio de tantas tonalidades oferecidas pelo
mercado – agora cada mulher pode adequar as cores dos esmaltes à sua própria
personalidade. Os últimos anos também foram marcados pela volta das nail arts:
nail art 3D, glitter e estilos japoneses estão sendo usados por todos os tipos
e classes de mulheres. O formato também voltou para o amendoado original e para
outros ainda mais dramáticos, como o stiletto.
http://www.wefashiontrends.com/1-de-agosto-dia-do-esmalte-conheca-a-sua
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