O Ministério da Fazenda
é o órgão que, na estrutura administrativa da República Federativa do Brasil,
cuida da formulação e execução da política econômica nacional, da administração
fazendária da União, por meio de sua Secretaria do Tesouro Nacional, e da administração
superior da estrutura fiscal federal, por meio de sua Secretaria da Receita
Federal. Sua autoridade superior é o Ministro de Estado da Fazenda. A situação
criada pela chegada da Corte de Lisboa ao Brasil em 1808, com a transformação
da colônia em sede da metrópole, exigia uma nova organização local das finanças
públicas. Ciente dessa necessidade, o príncipe regente, Dom João, por meio do
Alvará de 28 de junho de 1808, criou o Erário Régio e o Conselho de Fazenda,
com a finalidade de centralizar todos os negócios pertencentes à arrecadação,
distribuição e administração da Real Fazenda. Implantado por Dom Fernando José
de Portugal, o Erário Régio operou inicialmente nos moldes do Real Erário de
Lisboa e transferiu temporariamente o poder decisório sobre as finanças da
Coroa para o Brasil. Apesar de constituir, durante o período colonial, um
aparelho simplificado de administração, representou o primeiro núcleo central
de estruturação fazendária, o qual deu origem ao atual Ministério da Fazenda. Ao
longo da história, os titulares do Erário Régio, bem como dos órgãos que o
sucederam, foram designados de diferentes modos, tais como: Ministro e
Secretário de Estado dos Negócios do Brasil e da Fazenda e Presidente do Real
Erário (1808); Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e
Presidente do Tesouro Público (1821); Ministro e Secretário de Estado dos
Negócios da Fazenda e Presidente do Tribunal do Tesouro Público Nacional
(1831); Ministro de Estado dos Negócios da Fazenda e Presidente do Tribunal do
Tesouro Nacional (1891); Ministro de Estado dos Negócios da Fazenda (1893);
Ministro de Estado da Fazenda (1967); Ministro de Estado da Economia, Fazenda e
Planejamento (1990); e Ministro de Estado da Fazenda (1992).
A denominação
“Ministério da Fazenda” só foi oficialmente adotada em 1891, durante o Governo
de Deodoro da Fonseca, com a implantação da República. A esse respeito, cabe
assinalar que o nome “Fazenda” entrou em uso no Brasil para designar os
haveres, bens e produtos de crédito e contribuição, assim como a renda da
nação. Como estes recursos eram providos principalmente das sesmarias, terras
destinadas à produção, o termo tomou, então, o significado de finanças. Ruy
Barbosa, o primeiro titular da Pasta no período da República, foi responsável
por uma reforma monetária e bancária, com a intenção de deslocar o eixo da
economia brasileira da agricultura para a indústria, abandonando o lastro-ouro
e fomentando a organização de empresas pelo sistema bancário. Hoje, o
Ministério da Fazenda é responsável pela formulação e execução da política
econômica do Brasil. Sua área de atuação abrange assuntos diversos, dentre os
quais se destacam: moeda, crédito e instituições financeiras; política e
administração tributária; administração financeira e contabilidade pública;
dívida pública; negociações econômicas internacionais; preços em geral; tarifas
públicas e administradas; fiscalização e controle do comércio exterior; e
acompanhamento da conjuntura econômica. “Se a atuação do Ministério da Fazenda
constituía peça essencial na direção dos negócios públicos, ela enfrentou,
desde o início, e continuaria enfrentando durante todo o período imperial,
múltiplas dificuldades decorrentes, em parte, da herança colonial, mas também
das limitações inevitáveis de um país novo que devia organizar-se quase a
partir da estaca zero, ao mesmo tempo que, devido a este mesmo fato, não
dispunha dos recursos financeiros, nem sobretudo dos recursos humanos exigidos
por tal empreendimento”. – Trecho do livro História Administrativa do Brasil de
Mircea Buescu.
Origem do Ministério da
Fazenda
O Ministério da Fazenda
foi criado inicialmente com o nome de “Erário Régio” pelo Alvará de 28 de junho
de 1808, com a finalidade de centralizar todos os negócios pertencentes à arrecadação,
distribuição e administração da Real Fazenda. Operou inicialmente nos moldes do
Real Erário de Lisboa e transferiu temporariamente o poder decisório sobre as
finanças da Coroa para o Brasil. Apesar de constituir, durante o período
colonial, um aparelho simplificado de administração, representou o primeiro
núcleo central de estruturação fazendária, o qual deu origem ao atual
Ministério da Fazenda. D. João VI estabeleceu o Erário no Rio de Janeiro
através de um alvará em 28 de junho de 1808. A pasta foi entregue a D. Fernando
José de Portugal, considerando o primeiro a ocupar o cargo de Ministro da
Fazenda do Brasil. O cargo se chamava formalmente Ministro e Secretário de
Estado dos Negócios do Brasil e da Fazenda e Presidente do Real Erário.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Fazenda_do_Brasil
https://multidatas.wordpress.com/2015/03/06/06-de-marco-%E2%80%A2-criacao-do-ministerio-da-fazenda-1821/
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