Sabe-se que os antigos
romanos costumavam agrupar os artistas em colégios, a fim de que fossem
desenvolvidas suas aptidões, medida que alcançou extraordinários resultados.
Tendo sido adotada por outros povos, se estendeu até a Idade Média, quando
surgiram as Corporações de Artes e Ofícios. A França reuniu, no princípio do
século XII, pela primeira vez, em uma corporação, os artistas-moedeiros, a eles
concedendo privilégios.
Se originava aí a Corporação dos Moedeiros, que
rapidamente se espalharia pela Europa. Entre seus privilégios destacavam-se a
isenção a determinados impostos, o direito a tribunal próprio e a prisão
especial. Eram sujeitos a Alcaides e julgados pelos mestres da moeda. Suas
mulheres e famílias podiam usar sedas, e as viúvas “que estivessem em boa fama”
desfrutavam , igualmente, de todos os privilégios, honrarias e exceções. “Não
se lhes podia tomar roupa, nem palha, nem cevada, nem galinhas, nem lenha ou
outra qualquer coisa, contra a vontade.” Em Portugal, do qual o Brasil herdou a
tradição, a Corporação dos Moedeiros teve início no reinado de D. Dinis, em
1324. Tal importância tinham as Corporações, na época, que a elas se dava o
direito de participar das procissões, possuindo cada classe artística um
padroeiro.
Os moedeiros de Lisboa administravam a Confraria de Sant'Ana da Sé
e, até os nossos tempos, os moedeiros da Casa da Moeda do Brasil têm em
Sant'Ana sua padroeira, celebrando anualmente, no dia 26 de julho, seu dia. Os
componentes desta Corporação, a exemplo do que ocorria com os Cavaleiros do
Rei, eram sagrados Moedeiros. O novo membro que era admitido na Corporação,
prestava, de joelhos, juramento solene sobre os Santos Evangelhos, recebendo do
Provedor da Instituição, o grau que lhe era conferido, através de duas leves
pancadas sobre o capacete, com uma espada reta, finamente lavrada. Essas
pancadas significavam “fé e lealdade” e “dedicação ao trabalho.” Essa cerimônia
era denominada Sagração do Moedeiro.
Fonte:
CASA DA MOEDA DO BRASIL
http://moedeirodorei.blogspot.com.br/2011/03/ordem-dos-moedeiros.html
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