Hoje
é o Dia dos Cordelistas, poetas dedicados a escrever a literatura de cordel.
Ela tem origem portuguesa, se espalhou pelo Nordeste, e costuma contar
histórias do cotidiano do Sertão. Dia 19 de novembro é o Dia do Cordelista. O
Jornal Hoje preparou uma homenagem especial para os artistas que, todos os
dias, reinventam a cultura popular. Nas praças e feiras livres do Nordeste,
literatura de cordel é mercadoria de valor. Os livrinhos pendurados em
barbantes traduzem em rimas e estrofes a sabedoria popular. Os primeiros relatos sobre a presença do
cordel no Brasil indicam que os folhetos vieram da Europa no século 18. “Ele
permanece vivo porque retrata o cotidiano, as contradições e os acontecimentos
do povo. Talvez seja esta a magia do cordel”, acredita a folclorista Rúbia
Lóssio.
No Dia do Cordelista, houve várias
homenagens àqueles que se preocupam em manter a tradição. O poeta pernambucano
Jota Borges, um dos maiores cordelistas do Nordeste, foi lembrado numa
exposição de folhetos. O que torna rica a poesia do cordel é a imaginação, o
improviso, o jeito simples de falar do dia-a-dia. Não há limites de temas; o
cordel pode ser de humor, falar de política ou contar a história de um romance.
A vontade de expressar os pensamentos e
falar das emoções fez o músico Alan Sales se apaixonar pelo cordel e cantar em
rima as belezas do Nordeste. “Como o cordel vem de uma arte de cantoria, é uma
coisa musicada, ele tem uma coisa de mantra, de magia, de sonoridade das
palavras. Enquanto isso emocionar as pessoas, o mundo pode mudar.
O papel pode
desaparecer, mas o sentimento poético não vai desaparecer nunca. Ele é inerente
à alma humana”, diz Alan Sales.Links
http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/passagem-de-bloco-3-dia-do-cordelista
http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL868075-16022,00-LITERATURA+DE+CORDEL+PERSISTE+HA+DOIS+SECULOS+NO+NORDESTE.html
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