O Dia de Protesto Contra O Uso do Tratamento por
Eletrochoque em 22 de outubro de cada ano, é uma comemoração extraoficial, que
aparece apenas em calendários brasileiros nesta data, como "Dia Mundial de
Protesto Contra O Uso do Tratamento por Eletrochoque" ou "World Day
Of Protest Against The Use Of Electroshock Treatment". Essa é uma data
comemorativa criada contra a técnica de tratamento de doenças mentais por
Eletrochoque,
ECT [Eletroconvulsoterapia] ou terapia de choque, que foi
desenvolvida pelo neurologista italiano, Ugo Cerletti, enquanto observava os
choques administrados nos porcos antes do abate no matadouro da cidade e
capital italiana de Roma, num tempo em que as opções de tratamento eram poucas
para as doenças mentais, visto que o 1º medicamento psiquiátrico apenas
apareceu no fim da década de 1950, e que consiste na aplicação por curto
período de corrente elétrica no encéfalo, induzida por meio de eletrochoques
nas têmporas do paciente. Para conhecimento, por volta dos anos 1930, começou a
surgir a crença de que pacientes epiléticos que tinham convulsões não
apresentavam psicoses e alguns pesquisadores se interessaram pelo assunto.
Então o médico húngaro, Von Meduna, começou a estudar a cânfora que injetava
nos pacientes para provocar convulsão e constatou que ocorria melhora no quadro
clínico dos mesmos. Na tentativa de alcançar melhoras para os pacientes, data
de 1933 a terapia por coma insulínica ou terapia de choque por insulina, que
foi desenvolvida pelo médico judeu-austríaco radicado nos Estados Unidos da
América, Manfred Sakel, um método arriscado que terminarva por provocar várias
mortes durante a sua administração. Nesse pensamento, a insulinoterapia
representava um recurso terapêutico para doentes mentais, porque a convulsão
desejada era induzida pelo choque insulínico, visto que a quantidade injetada
desse hormônio fazia com que as células do pâncreas retirassem a glicose do
sangue, o que produzia um quadro de hipoglicemia grave e, como em disso, a
convulsão .
Nessa mesma linha, em 1935, além da insulina, uma droga
epileptogência chamada cardiazol, estava começando a ser utilizada com grande
sucesso em vários países para tratamento de esquizofrênicos. Esta abordagem se
baseava no trabalho do médico psiquiatra austríaco, Julius Wagner von
Jauregg's, que tinha utilizado febre induzida por malária para tratar a
demência paralíticae que recebeu o Prêmio Nobel de Medicina de 1927, assim como
na teoria defendida pelo médico psiquiatra húngaro, Ladislaus Jose von Meduna,
de que a esquizofrenia e a epilepsia eram mutuamente antagônicas. Porque ele
descobriu que 16,5% dos pacientes epilépticos no Instituto de Psiquiatria da
cidade e capital húngara de Budapeste, que desenvolviam sintomas psicóticos,
melhoravam da epilepsia. Uma associação reversa também parecia ocorrer: entre
mais de 6.000 pacientes esquizofrênicos de uma pesquisa realizada, apenas 20
tinham manifestado simultaneamente a epilepsia. Vários relatórios incidentais
também pareciam indicar que a esquizofrenia podia ser curada em pacientes que
desenvolviam ataques epilépticos. A partir de abril de 1938 e depois de vários
experimentos com animais sobre as consequências neuropatológicas de ataques
repetidos de epilepsia, os médicos da Universidade de Roma, Ugo Cerletti e
Lucio Bini, começaram a usar estímulos elétricos cerebrais para induzir
convulsões em seres humanos. A 1ª experiência da aplicação de
Eletroconvulsoterapia em homens foi realizada com um paciente conhecidíssimo em
Roma por sua história de internações, e que vivia perambulando pelas ruas da
cidade com um discurso repleto de fantasias. A melhora indescritível que o
paciente apresentou depois da aplicação do eletrochoque, reforçou a tese de que
realmente o estímulo elétrico poderia ser usado para induzir convulsões. Nesses
primeiros tempos, a administração do eletrochoque na pessoa acordada era uma
coisa muito brutal, pois Antigamente não se usava anestesia nem relaxamento
muscular, e a cena era mesmo muito chocante. Além disso, foi muito discutido o
fato de que o eletrochoque teria sido usado também como arma de tortura,
especialmente nos países da cortina de ferro, onde se atribuíam aos presos
políticos problemas psiquiátricos que, na verdade, não tinham. O eletrochoque
usado para fins de tortura e punição, também foi usado no Brasil na década de
1960 durante a ditadura militar de 1964, e nada tem a ver com o eletrochoque
aplicado para fins de terapia, principalmente com o admnistrado atualmente na
eletroconvulsoterapia. A partir da década de 1950, quando surgiram os medicamentos
para tratar as psicoses e depressões, o eletrochoque caiu em desuso. Nosanos
1970 e 1980, aevidência de que grande parte das pessoas não respondia aos
antidepressivos fez com que a eletroconvulsoterapia fosse retomada como opção
de tratamento. Atualmente, o eletrochoque é administrado sob condição de
anestesia geral e com a administração de relaxante muscular no paciente,
originando convulsões e perda de consciência a partir de um estímulo muito
breve através de dois eletrodos que são colocados na parte frontal da cabeça, o
suficiente para induzir a convulsão que é vista apenas no monitor do
eletroencefalograma. Esse tratamento é indicado hoje em dia somente para os
casos de depressão grave com risco de suicídio e estupor catatônico [quadro esquizofrênico
em que a pessoa fica completamente paralisada, sem comer, beber ou responder a
qualquer incentivo], mas ainda é passível de ser aplicado aos doentes apenas
como um tipo de castigo, tal qual já foi prática comum em hospitais
psiquiátricos e congêneres num passado não muito distante.Em que pese tal
possibilidade, a Associação Brasileira de Psiquiatria e os grandes centros
universitários têm procurado difundir o que se preconiza como técnica ideal
para a aplicação de ECT [Eletroconvulsoterapia]: o paciente deve passar por
vários exames prévios, receber anestesia e relaxamento muscular e ser assistido
por um anestesista e um psiquiatra. Mesmo com tanta evolução, em nossos dias e
por um problema político/financero, o eletrochoque ainda termina por ser usado
nos moldes antigos, o que é condenável sob todos os aspectos, pois o SUS
[Sistema Único de Saúde] no Brasil paga por exemplo, muito pouco por uma
aplicação que custa R$300,00 ou R$400,00... Noutros lugares, não se conta com a
estrutura para a aplicação do eletrochoque segundo as técnicas mais modernas.
Como não existe alternativa de tratamento, pois a rede básica de saúde não
fornece os remédios necessários, o eletrochoque a moda antiga é a única opção
disponível. Fontes: divinaprofissao.blogspot.com.br/
www.cerebromente.org.br/
drauziovarella.com.br/…
Fonte:http://datascomemorativas.org/dia-de-protesto-contra-o-uso-do-tratamento-por-eletrochoque-22-de-outubro/
Um comentário:
Olá,Doutora Dalva meu nome é Alessandra, Carlos é o meu marido, gostei muitas das informações que a senhora forneceu sobre o Dia do Protesto mundial contra o uso do Eletrochoque. Parabéns pelas excelentes informações! Hoje nós vivemos em um mundo cheio de doenças de difícil tratamento e algumas que nem sequer possuem um tratamento. Não seria maravilhoso se as doenças deixassem de existir para sempre? Esta é a promessa de Deus registrada em Isaías 33:24 que logo irá se cumprir!
Para mais informações sobre esta e outras promessas de Deus que se cumprirão em breve acesse o site JW.ORG disponível em mais de mil idiomas.
Tenha um excelente final de tarde, fique com Deus a senhora e sua família, parabéns também por ser Assistente Social uma profissão nobre que eu admiro muito!
Atenciosamente
Alessandra
Testemunha de Jeová.
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