28/05/2017

* 2017 - Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres

Desde 1996, o Dia 28 de Maio é o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres é pautado pela defesa do pleno exercício dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos das mulheres, de debate sobre as questões relacionadas à morte das mulheres durante a gravidez, o parto, o pós-parto e decorrente de abortos inseguros. Direitos que se expressam pelo acesso universal e irrestrito da população feminina aos cuidados de saúde com profissionais qualificados, medicamentos e insumos, implementados no Sistema Único de Saúde (SUS).

O dia 28 de maio foi referendado também pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com definição de estratégias de combate a essas mortes maternas, já que delas 98% são por causas evitáveis, tornando mais visível esse grave problema de saúde pública.

No Brasil, o Ministério da Saúde definiu que o dia 28 de maio é também Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna com ações concretas definidas, a partir de 2003, pela Comissão Nacional de Mortalidade Materna. Em 2004, foi estabelecido o Pacto Nacional pela redução da morte materna e neonatal, do qual 25 estados brasileiros são signatários.

A OMS considera aceitável o índice de 20 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos. No Brasil, a taxa oficial de mortalidade materna é de 75 mortes de mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. Segundo a OMS, entre 115 mil e 204 mil mulheres morrem anualmente em países pobres, devido a abortos mal feitos. O aborto inseguro é uma realidade na região, onde se estima que cerca de uma em cada 4 mortes maternas se deve a complicações do aborto.

Neste 28 de Maio para a CMB é um dia de mobilização para assegurar os direitos básicos à maioria das mulheres e avançar na implantação das ações do Plano de Assistência Integral à Saúde da Mulher, PAISM, fruto de luta histórica das brasileiras para que a saúde feminina receba cuidados em todas as fases de suas vidas.

E, dentro deste contexto, é prioridade de nossa atuação participar, promover e acompanhar, na atenção à Saúde da Mulher e da Criança, o programa Rede Cegonha, recém lançado pela presidente Dilma - que leva em conta os cuidados desde a gestação até os primeiros anos de vida da criança – e um esforço de prevenção, reabilitação e cuidado relacionado ao câncer de mama e de colo de útero.

Este Programa prevê que haja maior organização das maternidades para que a gestante saiba, ainda durante o pré-natal, em qual hospital irá dar à luz, conquista contida na Lei Erondina do Direito da Gestante a um Parto Seguro, bem como a exigência do cumprimento da Lei do Acompanhante, que garante às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, que traz diversos benefícios, como diminuir as taxas de cesárea, diminuir a duração do trabalho de parto, diminuir os pedidos de anestesia, além de ajudar a evitar a depressão pós-parto e influenciar positivamente na formação dos laços afetivos familiares.
Neste dia 28 temos que divulgar e denunciar o boicote em respeitar estas leis no SUS e em outras instituições. E com a mobilização das mulheres para assegurar os seus direitos na saúde estaremos contribuindo para que a melhoria da saúde materna, que é a quinta meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, listados pela OMS, seja atingida.
 Fonte:Confederação das Mulheres do Brasil
http://www.seaaccampinas.org.br/index.php/espaco-mulher/item/409-dia-28-de-maio-e-o-dia-internacional-de-acao-pela-saude-das-mulheres

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails