Sepse, conhecida pelo
público leigo como infecção generalizada, é um importante problema de saúde
pública no mundo, com estimativa de 400 mil casos/ano no Brasil, que acarretam
cerca de 200 mil óbitos e elevados custos financeiros para o país. A síndrome é
responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil.
Atualmente é a
principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das
principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do
miocárdio e o câncer. Com o objetivo de mudar esse quadro cada vez mais
preocupante, o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) e a Associação de
Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)organizaram no Brasil o Dia Mundial da
Sepse, que aconteceu na sexta-feira, 13 de Setembro. A ação é conduzida
mundialmente pela Global Sepsis Alliance (GSA). “A sepse era conhecida,
antigamente, como septicemia ou infecção no sangue.
Hoje é mais conhecida como
infecção generalizada. Mas, na verdade, não é a infecção que está em todos os
locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um
órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta
com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação
pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos órgãos do paciente”,
explica a Dra. Flávia Machado, vice-presidente do ILAS. Manifestando-se como
diferentes estágios clínicos de uma mesma síndrome é, para o médico, um de seus
maiores desafios. Ainda hoje, de cada dois pacientes com formas mais graves da
síndrome, um pode evoluir para óbito nos serviços de emergência ou de terapia
intensiva.
Os que sobrevivem podem ter sequelas que alteram sua qualidade e seu
tempo de vida. “Paradoxalmente, o que tem se mostrado efetivo para reduzir a
mortalidade da sepse são medidas mais simples, dentre elas o reconhecimento e
intervenção precoces. Nesse sentido, o melhor conhecimento do que é sepse e
quais são seus sinais de alarme pela população é um passo fundamental”, disse o
Dr. Reinaldo Salomão, presidente do ILAS. O Dia mundial da sepse busca alertar
a população leiga e lembrar aos profissionais de saúde, que o tempo é
fundamental para salvar vidas. A mortalidade em nosso país pode chegar a 70%
dos casos registrados, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%.
Segundo dados levantados pela GSA, surgem a cada ano cerca de 30 milhões de
novos casos no mundo. “É uma das doenças mais comum e menos reconhecida, tanto
em países em desenvolvimento como desenvolvidos”, alerta a Dra. Luciano
Azevedo, um dos coordenadores do Dia Mundial da Sepse no Brasil. O Dia Mundial
da Sepse 2013 no Brasil: A Campanha desse ano mobilizarou 11 capitais
brasileiras. Serão elas: São Paulo, Rio
de Janeiro, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Curitiba, Belém,
Manaus, Fortaleza e Recife. Nesse dia, foram distribuídos folhetos informativos
para a população. Também foram elaborados folders e cartazes distribuídos em
farmácias populares para alertar a população para essa temática.
“A conscientização da população para o
problema, assim como dos profissionais de saúde, é fundamental para essa
importante luta que é a diminuição dos casos de sepse grave em nosso país”, diz
Dra. Flávia Machado. Já os profissionais de saúde receberam um material
especial contendo informações sobre a campanha e sobre a implementação de
protocolos de tratamento. “Foi um grande dia para todos os profissionais de
saúde, principalmente para os que lidam com pacientes graves nas mais de 2.500
UTIs em nosso país”, disse o Dr. José Mario Teles, presidente da AMIB. http://www.amib.org.br/detalhe/noticia/13-de-setembro-amanha-e-o-dia-mundial-da-sepse/
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