O
Dia do Nutricionista é celebrado em 31 de agosto, data da criação da Associação
Brasileira de Nutricionistas – ABN, no ano de 1949. Com
a expectativa de vida da população crescendo, ocorre também um aumento na
preocupação em medidas que promovam uma melhor qualidade de vida, pois não
basta somente viver mais tempo: é necessário que se viva bem.
Neste contexto, a
alimentação desempenha papel principal na promoção da saúde. É
notório que a população está muito mais informada sobre a importância de uma
alimentação saudável e consciente de que, com o avanço das pesquisas e da
ciência da nutrição, a alimentação deixou de ter papel apenas de saciar a fome,
para assumir um papel de combate ao envelhecimento precoce, prevenção e
tratamento de doenças crônicas, fortalecimento de sistema imunológico,
detoxificação (processo para a eliminação de substâncias consideradas tóxicas
ao organismo), entre outros. Para
atender essa necessidade de combinações, o profissional da nutrição é
capacitado para atuar visando à segurança alimentar e à atenção dietética. “O
nutricionista é o profissional que a partir de seu grande e profundo
conhecimento dos nutrientes e suas combinações, pode promover o melhor
aproveitamento deles pelo organismo, além de ajustar as quantidades e
combinações ideais dos alimentos, que devem ser individualizadas, sempre, pois
o que é adequado para um indivíduo, pode não ser para outro”, explica Fernanda
Osso, nutricionista e sócia-diretora da NutMed.
História
da profissão de nutricionista
Embora
a profissão tenha pouco mais de 70 anos, a carreira de nutrição teve um
crescimento expressivo, especialmente nos últimos 20 anos. Entre 2000 e 2008,
observou-se uma duplicação do número de nutricionistas no país, o que mostra
que o interesse pela profissão aumentou, na medida em que a carreira tem
conquistado reconhecimento e importância nas últimas duas décadas. As
áreas que concentram o maior número de oportunidades são a de nutrição clínica
e alimentação coletiva. Embora o número de vagas para concurso público ainda
esteja abaixo da expectativa, esta é atualmente uma área com muita procura
entre os nutricionistas, devido à estabilidade e aos melhores salários
comparados à iniciativa privada.
A
partir da análise de cinco profissões da área da saúde (medicina, enfermagem,
odontologia, farmácia e nutrição), a nutrição é a que apresenta o menor
contingente de profissionais, com cerca de um médico ativo para cada 559
habitantes no país, contra um nutricionista para cada 3.164 habitantes. Embora
tenha havido um expressivo crescimento do número de nutricionistas nos últimos
20 anos, certamente também em função do crescimento na oferta de cursos
superiores em nutrição, a profissão ainda tem muito a crescer para poder
contribuir com a promoção de qualidade de vida da população. Com
base nas estatísticas do CFN, até 30 de junho de 2009, existia um efetivo de
60.554 nutricionistas registrados nos dez conselhos regionais existentes no
país.
O público permanece sendo essencialmente feminino, muito embora tenha
havido nos últimos anos, um aumento do ingresso dos homens, objetivando
principalmente, a atuação na nutrição esportiva. A explicação para que a
procura seja maior entre as mulheres, é que talvez ainda haja uma confusão
sobre a atuação do nutricionista nas Unidades de Alimentação, que pode ser
motivo de certo preconceito entre os homens. Apesar
de ser um grande conhecedor dos alimentos, de suas composições e nutrientes, o
nutricionista não precisa,necessariamente, ser um cozinheiro exemplar. Sua
função nas unidades de alimentação não é cozinhar, mas propor formas saudáveis
de alimentação, mesclando sabor e apresentação e supervisionar todo o processo
que envolve a confecção de refeições. A obrigação de preparar as refeições,
entretanto, é do cozinheiro.
Perspectivas
para este profissional
Segundo
dados do CFN, a área que concentra o maior contingente de nutricionistas é a
nutrição clínica (hospitais, clínicas e consultórios), com 41,7%, seguida da
alimentação coletiva (empresas e restaurantes) com 32,2%. Há também
nutricionistas atuando em ensino (docência), saúde coletiva, nutrição esportiva
e indústria de alimentos, mas em
percentual bem menos expressivo. Nas
capitais é onde se encontram as melhores oportunidades, tanto em quantidade
quanto em remuneração. O sudeste do país concentra 54% dos cursos superiores de
Nutrição. Nessa região, a demanda pelo nutricionista é maior, o que faz com que
a oferta de empregos seja grande. “Com
o avanço das pesquisas na área da nutrição, em especial na nutrigenômica, haverá
uma demanda cada vez maior por nutricionistas no mercado.
De forma
simplificada, essa ciência sugere que as soluções para se viver mais e melhor
estão em um cardápio alimentar capaz de interferir na atuação dos genes de cada
pessoa. Como o genoma de cada indivíduo é único, cada pessoa terá uma dieta
personalizada”, relata Fernanda. O trabalho da
Nutrigênomica é o de identificar os genes que, se ativados, poderão desencadear
os processos que levam ao desenvolvimento das doenças e será possível evitar ou
anular esses mecanismos pelo simples ato de comer o alimento cuja propriedade
atue diretamente no gene controlador.
Ainda temos um longo caminho a percorrer
nesta ciência, mas esta será a nutrição do futuro.
https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/noticias/31-de-agosto-dia-do-nutricionista
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