Educador
Social é um profissional que utiliza ferramentas pedagógicas para intervir nas
problemáticas dos indivíduos. Este é responsável por atividades pedagógicas,
que visam a promoção e a integração social de pessoas em situação de risco,
excluídas ou em vulnerabilidade social. Por este profissional ser da área social, trabalha em
conjunto, com enfoque no indivíduo, por este motivo deve ter uma boa capacidade
de se integrar em equipes multidisciplinares, muitas vezes compostas por
assistentes sociais, psicólogos, professores, entre outros.
História
A educação social surge em Portugal nos finais da década de
setenta, través de cursos de nível técnico com duração de um ano e meio a dois
anos. Nos finais da década de oitenta, começaram a surgir cursos de educação
social, de nível superior (bacharelado), com a duração de três anos, lecionados
nas Escolas Superiores de Educação, como é o caso da Escola Superior de
Educação do Instituto Politécnico do Porto. Inicialmente, o curso técnico e o
superior de educação social, tinham como finalidade desenvolver atividades
recreativas para os indivíduos aos quais intervinha, abrangendo tanto crianças,
adultos e idosos, sendo este tipo de metodologia e intervenção muito semelhante
à utilizada na animação social, cultural e recreativa. Acontecendo certas
confusões entre o papel de um animador social ou cultural e o do verdadeiro
papel do educador social. Posteriormente, em 1996, foi homologada a primeira
licenciatura em educação social, desenvolvida pela Universidade Portucalense
Infante D. Henrique (UPT), no Porto. A partir desse momento, escolas superiores
públicas e as universidades privadas começaram a ter mais ofertas nessa
licenciatura.
Competências
O papel do educador social está intrinsecamente ligado a uma
perspectiva educativa, muito distanciado do registo assistencialista. Neste
sentido, ganha cada vez mais consenso a expressão “profissionais do trabalho social
e educativo”, que enfatiza o compromisso educativo, no trabalho social,
exercido por este profissional. A educação social é uma forma de intervenção
socioeducativa (ou ajuda educativa) a pessoas ou grupos em situação de maior
vulnerabilidade social, ou em situação de risco. A ciência base da educação
social é a pedagogia social, conferindo a essa profissão uma maior
fidedignidade. Neste sentido, o exercício profissional da educação social
requer dos seus profissionais uma formação rigorosa, inicial e contínua, que
permita incorporar novos saberes e adquirir uma postura favorável para
adaptar-se a novos desafios e realidades. A educação social deve acompanhar as
políticas sociais e participar permanentemente na negociação do contrato
social. O educador social baseia o seu papel profissional na
abordagem entre o indivíduo e o meio, em que o educando adquire as ferramentas
necessárias para assumir a autonomia de vida, através de projetos educativos,
desenvolvidos em conjunto entre educador social e educando, com o objetivo
primordial de aumentar competências. O educador social orienta toda a sua
conduta pela sua ética pessoal e pauta-se pelo código deontológico
profissional, código esse, que deve ser entendido como uma forma de promover a
postura reflexiva em torno de um conjunto de princípios e regras, que devem
auto-regular as práticas profissionais do técnico superior de educação social,
como refere o código deontológico desse profissional:
“ Este Código
baseia-se juridicamente na Constituição da República Portuguesa (1976), na
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), na Convenção Europeia para a
Salvaguarda dos Direitos Humanos (1950), na Carta Social Europeia (1965), na
Convenção sobre os Direitos da Criança (Nova Iorque, 1989), anunciada na Carta
dos Direitos Fundamentais da União Europeia (2000) e no Tratado de Lisboa
(2007).”
O objetivo da criação de um código deontológico para o
educador social visa essencialmente o reconhecimento dessa profissão como sendo
possuidora de um caráter pedagógico, que é exercida em contextos
sócio-educativos, tendo como base de intervenção a criação de técnicas
mediadoras e projetos educativos comunitários, que são da competência
profissional do técnico superior de educação social. No dia 2 de outubro,
comemora-se o dia internacional do educador social.
No Brasil
Sua atuação não está restrita às escolas podendo ser
exercida, por exemplo, em hospitais, dando suporte e oportunidades para
mulheres, negros, indígenas e homossexuais. Entre as atividades a cargo do
educador social estão as ações de incentivo à leitura e monitoramento do bem
estar dos estudantes.
A educação não formal e o educador social são bases
importantes no exercício da cidadania e agem nas demandas de:
a) Educação para justiça social.
b) Educação para direitos (humanos, sociais, políticos,
culturais etc.).
c) Educação para liberdade.
d) Educação para igualdade.
e) Educação para democracia.
f) Educação contra discriminação.
g) Educação pelo exercício da cultura, e para a manifestação
das diferenças culturais.
O educador social precisa estar preparado psicológica e
fisicamente para lidar com diversos casos e problemas, com pessoas desprovidas
de atenção e geralmente carentes de valores morais. Tendo que entender e
integrar uma diversidade de pessoas de diferentes grupos sociais, com o intuito
de gerar uma totalidade, o educador social deve contribuir para o melhoramento
e transformação da sociedade através de projetos e atividades, de modo a que
prepare o indivíduo para conviver em sociedade, respeitando e lidando com
regras, vivendo junto com seus companheiros, independentemente de ser um membro
de sua escola, família ou comunidade. No Brasil o dia do educador social é comemorado a 19 de
setembro, no aniversário de nascimento de Paulo Freire.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educador_social