No
dia 29 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Petróleo, data criada em
homenagem ao recurso natural mais estratégico do planeta, ao lado da água.
Desde a Segunda Revolução Industrial, o mundo passou a utilizar esse mineral
como fonte de energia para a maioria de suas atividades, e nem mesmo os avanços
propiciados pela Revolução Técnico-Científica Informacional, no século XX,
mudaram esse quadro.
Por
definição, o petróleo é um hidrocarboneto encontrado em regiões do subsolo,
mais precisamente em áreas formadas por bacias sedimentares. A teoria mais
aceita a respeito da origem do petróleo dá conta de que ele foi formado pela
decomposição de restos orgânicos de seres vivos que habitavam a terra no
passado, sobretudo seres marinhos, como o fitoplâncton. Assim, com o tempo, a
sobreposição das camadas de sedimentos (constituintes das rochas sedimentares)
gerou uma grande pressão sobre esse material, que se litificou e converteu-se
em petróleo. Existe,
em alguns meios de pesquisa, a teoria abiótica do petróleo, que diz que ele não
se forma pela decomposição de matéria orgânica e, portanto, não é um
combustível fóssil. No entanto, a maior parte dos cientistas não valida essa
teoria pela falta de evidências e o grande número de suposições não comprovadas
nas quais ela se baseia.
Como
o petróleo é considerado um recurso natural não renovável, ele possui um
elevado poder estratégico, haja vista que a demanda de seu uso é bastante
acentuada e a sua disponibilidade é limitada na Terra. Algumas estimativas
dizem que, desde que mantido o nível crescente de consumo atual de petróleo, as
reservas existentes durariam pouco mais de 70 anos. No entanto, isso pode
mudar, caso novas reservas de petróleo sejam encontradas. Por
ser um recurso natural de elevado poder estratégico, aquele país que possui uma
alta dependência da utilização desse recurso e, ao mesmo tempo, apresenta um
número limitado de reservas em seu território fica em desvantagem estrutural,
pois necessita de uma grande quantidade de importações, ficando, assim, à mercê
das oscilações do preço no mercado internacional.
Não por acaso, a alta
repentina do valor do barril de petróleo na década de 1970 causada pelos países
árabes na OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) gerou duas
graves crises no decorrer desse decênio, que foram chamadas de Choque do
Petróleo. Muitos países, que são altamente dependentes desse recurso,
apresentaram um deficit comercial bem elevado, além de verem os seus produtos
encarecerem em proporções acentuadas, elevando a inflação e prejudicando suas
economias. Em
razão dessa grande dependência que existe em torno de um recurso natural tão
estratégico, o mundo vem investindo, desde a segunda metade do século XX, em
outras fontes de energia que sirvam de alternativa ao seu uso. Além disso, a
combustão de seus derivados (gasolina, óleo diesel e outros) gera uma grande
quantidade de poluentes, que são emitidos por veículos e também em fábricas e
usinas termoelétricas. Assim, na esteira dessa renovação, estão os
biocombustíveis e a biomassa, que, no entanto, ainda não possuem uma
representatividade que se compare ao peso que o petróleo exerce na economia
mundial.
Além
de ser utilizado na produção de combustíveis, o petróleo é muito importante
como matéria-prima de outros derivados, como o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo,
que é utilizado como gás de cozinha), o Nafta (resíduo muito utilizado na
indústria petroquímica) e alguns tipos de mercadorias, com destaque para o plástico
e alguns tipos de solventes. O Brasil, desde 2007,
vem procurando explorar as suas novas reservas de petróleo, conhecidas como
pré-sal e que estão localizadas em áreas litorâneas próximas a estados
pertencentes às regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Essas reservas colocam o
Brasil como um dos maiores produtores do recurso natural, mas estando ainda
muito atrás de outros países, com destaque para a Venezuela e algumas nações do
Oriente Médio, como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Iraque, Kwait e outros.
Os Estados Unidos, embora sejam um dos maiores produtores, são também os
maiores consumidores do produto, apresentando um elevado deficit, o que
justifica uma série de ações no âmbito geopolítico para tentar conseguir esse
recurso a um preço mais reduzido.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-mundial-petroleo29-setembro.htm
ACESSEM O LINK:
http://dalvaday.blogspot.com.br/2016/09/2016-dia-do-petroleo.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário