Em
27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de
Cabeça e Pescoço. Durante todo o mês de julho, a Associação de Câncer de Boca e
Garganta – ACBG Brasil realizou uma campanha de conscientização sobre a doença,
que registra cerca de 23 mil novos casos anualmente, segundo estimativas do
Instituto Nacional de Câncer (Inca).
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cor verde e a hashtag “#julhoverde” foram utilizados para disseminar a
informação sobre o tema e atingir o maior número possível de pessoas, com ações
na internet, redes sociais e nas ruas. A iniciativa quer estimular a prevenção
“boca a boca”, já que a boca é alvo da doença, e dela deve sair a mensagem de
alerta.
“Precisamos
esclarecer a população sobre os fatores de risco e a informação certa é o
primeiro passo que pode levar ao diagnóstico precoce. Essa doença pode ser
curada se detectada no início, com a própria pessoa podendo fazer um autoexame
e identificar se existem feridas na boca que não cicatrizam há mais de duas
semanas” destaca a presidente de honra e fundadora da ACBG Brasil, Melissa A.
R. Medeiros.
Os
tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem a 3% de todos os tipos de
câncer e é o quinto entre os homens aqui no Brasil. São cerca de 10 mil mortes
por ano no país. Além dos óbitos, os pacientes sobreviventes enfrentam perda
significativa da qualidade de vida durante e após o tratamento.
A
doença
Os
tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se
localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas,
amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireoide e seios
paranasais. Anualmente, cerca de 700 mil novos casos diagnosticados no mundo.
No Brasil, também há o crescimento da incidência e o câncer de boca chega a ser
o 4º tipo de tumor mais frequente em algumas regiões do país, ocorrendo 3 vezes
mais em homens do que em mulheres.
Um
dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre
em 60% dos casos, com impacto negativo na sobrevida do paciente. Outro alerta é
em relação à faixa etária dos indivíduos diagnosticados com tumores de boca e
garganta, que reduziu significativamente nas últimas décadas, com um grande
aumento de casos entre mulheres e jovens. O tabaco é responsável por 97% dos
diagnósticos de câncer de laringe. O álcool associado ao fumo aumenta o risco
em 5 vezes para câncer nessa região. A infecção pelo HPV (papilomavírus humano)
também contribui com o aumento na incidência da doença em jovens nos últimos
anos em virtude da falta de uso de preservativos na prática do sexo oral, por
exemplo.
O
câncer de cabeça e pescoço, independentemente da modalidade terapêutica
escolhida (cirurgia, radio e/ou quimioterapia), causa sequelas psicológicas e
anátomo-funcionais irreversíveis para qualidade de vida do paciente.
https://www.amucc.org.br/27-de-julho-dia-mundial-de-conscientizacao-e-combate-ao-cancer-de-cabeca-e-pescoco/
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