O
Dia do Policial Federal foi estipulado pelo Decreto n° 5.279/2004, que institui
o dia 16 de novembro como a data que homenageia a categoria. O policial federal
pertence à divisão da polícia que responde ao Ministério da Justiça. É a única
que atua no Brasil inteiro, investigando crimes de porte nacional, como as
questões de imigração, tráfico de drogas e armas, e contrabando. A Polícia
Federal também investiga crimes contra a União, como lavagem de dinheiro e
fraudes contra o governo, e inspeciona cargas nas alfândegas. Criada durante o
governo de Getúlio Vargas com o nome de Departamento Federal de Segurança
Pública, a Polícia Federal brasileira tem sede em Brasília, mas se desdobra
pelo território nacional em três unidades: postos avançados, delegacias e
superintendências, estas últimas com uma representação em cada estado da União.
Em 2014, a entidade celebrou 70 anos.
Atualmente o Brasil conta com 12 mil
policiais federais – dados da Federação Nacional dos Policiais Federais
(FENAPEF). Para Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais
no Distrito Federal (SINDPOLF-DF) e vice-presidente da CSB, na data de hoje,
quem recebe o presente é o brasileiro. “A população recebe o esforço de toda
uma instituição para livrar a sociedade da corrupção e dos desvios que assolam
o País. São sete décadas de luta contra o crime e pela paz social. Essa não é
uma tarefa fácil, exigindo-se constante esforço e coragem policial. Somos o
remédio adequado para o fim da corrupção. Somos a principal arma de combate aos
crimes de colarinho branco”, disse. Segundo Rodrigo dos Santos Marques,
presidente do Sindicato dos Policias Federais de Minas Gerais (SINPEF-MG), a
Polícia Federal merece especial atenção, pois, diferente das outras forças
policiais, ela exerce com exclusividade o papel de polícia judiciária da União,
aumentando então sua responsabilidade como agente central da democracia.
“As
ações da polícia federal contribuem bastante com a economia dos cofres
públicos. A permanente luta contra o tráfico de drogas reduz drasticamente os
gastos médicos necessários com a recuperação de dependentes químicos e vítimas
de mortes violentas, potencializadas pelo consumo e tráfico de drogas. Também
são os agentes federais que atuam no combate do desvio público”, avalia. Dentre
as adversidades vivenciadas no dia a dia, Werneck destaca a necessidade de
tomar decisões rápidas e precisas. “A resolução de problemas quando o policial
está a campo quase sempre tem que ser feita na hora, com todos os riscos
inerentes e com o mínimo de margem de erro. E a decisão é imediata. Às vezes,
em frações de segundo, sem tempo para consultar livros, doutrina,
jurisprudência”, diz o dirigente.
Reivindicações
Na
visão de Alexandre Sally, presidente do Sindicato dos Policiais Federais de São
Paulo (SINDPOLF-SP), o governo não tem tratado a Polícia Federal com o devido
valor e merecimento. “De nada adiantam os discursos elogiosos feitos na mídia
se o policial federal não é valorizado e não vê atendidas reivindicações
básicas, tais como: reposição salarial, defasada há anos, projeto de segurança
público nacional e reforma da estrutura de planos e carreiras”. No entanto,
apesar das eventuais adversidades e dificuldades, ser policial federal é
gratificante”, comenta. Para Sally, o serviço prestado de enfrentamento ao
crime organizado, no combate à corrupção, “é uma honra”. Para Marques, a
conscientização da população sobre a importância das ações da PF é o que vai
contribuir para que as reivindicações da categoria sejam atendidas. “A
sociedade desconhece as atribuições da Polícia Federal, mas nós somos os
responsáveis pelo controle do tráfico de drogas e de armamento, não só em áreas
de fronteiras, como dentro dos estados.
Em Minas Gerais, com apoio da CSB,
estamos trabalhando na conscientização para que a sociedade entre junto com a
gente nessa briga”, destaca. Werneck defende a reestruturação da Polícia
Federal. “A PF precisa ser reestruturada. Muitas vezes o policial tem muita
experiência e é capacitado, mas não pode ocupar o cargo de delegado porque não
prestou o concurso, e isso precisa mudar. Também é necessário que haja mais
concursos públicos para policias federais. Além disso, precisa acabar o assédio
moral”, concluiu.
http://csbbrasil.org.br/blog/2014/11/19/16-de-novembro-dia-do-policial-federal/
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