51% dos episódios de Otite Média Aguda acontecem nos períodos mais frios do ano e acometem, principalmente, as crianças
A chegada do inverno ao Distrito Federal associada a uma forte queda das temperaturas levanta um alerta para as mamães de plantão. Isso porque o número de casos de dor de ouvido entre os pequenos costuma aumentar nesse período. De acordo com estudo realizado em Boston, 51% dos casos de Otite Média Aguda (OMA) – como também é conhecida essa dor - acontecem nessa estação
Tais infecções ou inflamações são habitualmente causadas por bactérias ou vírus que atacam, principalmente, as crianças. “Por causa da anatomia da tuba auditiva - canal que liga o nariz ao ouvido - essa doença é mais comum na infância. Essa estrutura é mais curta e larga na criança, o que facilita a entrada de vírus e bactérias do nariz para o ouvido, causando a OMA”, explica a otorrinolaringologista do Hospital Santa Luzia da Rede D’Or São Luiz, Tatiana Matos.
O principal fator de risco é a idade. Os diagnósticos de OMA’s aumentam consideravelmente entre os seis e 18 meses de vida e, à medida que as crianças crescem, essa incidência diminui, tendo um novo pico por volta dos quatro e cinco anos de idade. Conforme explica a especialista, com o aparecimento da dentição definitiva, a taxa de Otite média cai drasticamente.
Os sintomas mais comuns das otites são febre, dor de ouvido e perda auditiva temporária. Em lactantes e crianças pequenas o diagnóstico pode ser mais complicado, pois os sinais são menos típicos. “Nesses casos os indícios podem incluir irritabilidade, puxar a orelha frequentemente, apatia, falta de apetite, vômitos, diarreia ou, até, conjuntivite”, elucida a médica.
Uma das complicações mais comuns da otite é a perfuração do tímpano. Com a saída da secreção pelo ouvido, que pode ser clara, purulenta ou sanguinolenta, a pessoa sente um alívio instantâneo da dor e melhora da audição. Nesses casos a médica indica que seja feita uma proteção contra água. “Coloca-se um algodão embebido em óleo – pode ser óleo de amêndoas ou óleo mineral - na entrada do conduto auditivo. Na verdade essa drenagem não é ruim. Há melhora da dor e encurta o tempo de infecção”, explica Tatiana.
A otorrino recomenda como prevenção retirar fatores predisponentes, além de tratar os sintomas dos resfriados, como obstrução nasal e coriza, para que esses não sejam elementos que desencadeiem a otite. “Também é recomendável que as mães protejam seus filhos dos ventos frios e de situações de exposição ao tempo, ainda mais durante o inverno”, completa a otorrinolaringologista da Rede D’Or.
Sobre o tratamento
Os procedimentos são iguais para qualquer caso. Nas primeiras 48h é feito acompanhamento com analgésico, lavagem nasal e compressa quente no ouvido para aliviar a dor. Se a melhora não for perceptível ou houver piora dos sintomas, deve-se iniciar um antibiótico para combata os germes mais frequentes nessa doença.
Algumas crianças apresentam vários episódios de otite, nesses casos, elas devem ser avaliadas de forma mais aprofundada por um otorrinolaringologista. Em alguns casos, inclusive, é feita indicação cirúrgica para diminuição da recorrência.
As OMA’s envolvem fatores de pré-disposição, são eles:
· Sexo masculino
· Idade entre 6 e 18 meses de vida
· Convivência com pessoas tabagistas
· Frequentar creches
· Inverno
· Uso de mamadeira na posição deitada
· Alergias e deficiências imunológicas
· Síndrome de down
· Paciente com fenda palatina ou anormalidade craniofacial
· Predisposição familiar (irmão ou pais)
· Infecção das vias aéreas superiores (IVAS)
· Nível socioeconômico baixo
Hospital Santa Luzia
O Hospital Santa Luzia é um dos maiores centros clínicos de alta complexidade de Brasília. Com 46 anos, o HSL une o que há de melhor e mais moderno em assistência hospitalar. Os quatros andares do complexo hospitalar contam com Centro de Diagnóstico por Imagem, Emergência, Laboratório, UTI’s, Hemoclínica, Endoscopia, Unidades de Internação na Clínica Médica, Unidades de Internação na Clínica Cirúrgica e UTI Cirúrgica, CTI (UTI Geral e UTI Neurológica) e Bloco Cirúrgico, entre outras unidades.
Rede D´Or São Luiz
A Rede D’Or São Luiz é a maior rede de hospitais privados do Brasil com presença no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco. No DF, três hospitais integram a Rede: Hospital Santa Helena, no Setor Hospitalar Norte; o Hospital Santa Luzia e o Hospital do Coração do Brasil, ambos no Setor Hospitalar Sul.
No Brasil, o grupo opera com 33 hospitais próprios, dois hospitais sob gestão e um em fase de construção. Possui 5 mil leitos, com planos de chegar a 8 mil leitos em 5 anos. São ao todo 38,6 mil funcionários e 87 mil médicos credenciados, que realizam cerca de 3,1 milhões de atendimentos de emergência, 205 mil cirurgias, 26 mil partos e 320 mil internações por ano. Além dos centros hospitalares, a Rede D’Or São Luiz também conta com participação no Grupo Oncologia D’Or, rede de clínicas especializadas em tratamento oncológico em sete estados brasileiros.
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