Dia 15 de setembro, é
comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas. Os linfomas são
alguns tipos de câncer ou tumores malignos originados no sistema linfático, uma
rede complexa de vasos e pequenas estruturas chamadas de nódulos linfáticos que
transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos de volta para o sistema
circulatório.
Eles são divididos em duas categorias: linfoma de Hodgkin e o
linfoma não Hodgkin. A chefe do serviço de hematologia do Instituto Nacional de
Câncer (INCA), Drª Jane Dobbin, explica a diferença. “Os sinais e sintomas são
os mesmos. O que vai diferenciar e dar o diagnóstico final é a biópsia do
linfonodo (gânglio) acometido. O linfoma de Hodgkin se diferencia do
Não-Hodgkin pela presença das células de Reed-Sternberg, que são visualizadas
microscopicamente”, disse ela. Outra diferença está na idade de incidência.
Ambos acontecem em qualquer faixa etária; no entanto, o Hodgkin é mais comum na
idade adulta jovem, dos 15 aos 40 anos, atingindo maior frequência entre 25 a
30 anos.
Já Não-Hodgkin, que inclui mais de 20 tipos diferentes de cânceres,
ele incide particularmente entre pessoas acima de 60 anos por razões ainda não
esclarecidas. Ambos tipos de linfoma são curáveis quando tratada adequadamente,
principalmente quando diagnosticado nos estágios iniciais. A doença surge
quando um linfócito (tipo de glóbulo branco) se transforma em célula maligna,
capaz de crescer descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a
produzir nos linfonodos cópias idênticas, também chamadas de clones.
Com o
passar do tempo, há risco de essas células malignas se disseminarem para
tecidos vizinhos e, se não houver tratamento, atingir outras partes do corpo. De
forma geral, a presença de linfomas pode causar sintomas como cansaço, febre,
sudorese noturna e perda de peso, acompanhados de aumento dos linfonodos
(íngua), podendo ainda haver aumento do baço e alterações no exame de sangue
(anemia, queda de plaquetas e alterações dos leucócitos).
A Drª Jane Dobbin
recomenda que o indivíduo procure o médico ao observar o aumento de um ou mais
linfonodos, gânglios linfáticos . “Esses linfonodos podem ser encontrados
principalmente na região do pescoço, nas axilas ou nas virilhas”, explica. A
maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia, ou um combinado
das duas. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas.
A
radioterapia é uma forma de radiação usada, em geral, para reduzir a carga
tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas, ou também para reforçar o
tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em
localizações mais propensas à recaída.
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