27 de setembro é comemorado
o dia nacional da doação de órgão. E o Brasil tem muito o que comemorar. Este
ano, o país teve melhor primeiro semestre da história no número de doadores
efetivos de órgãos, tanto em números absolutos quanto na taxa por milhão de
população (pmp). Os dados oficiais do Ministério da Saúde demonstram que entre
janeiro a junho deste ano, 4.672 potenciais doadores foram notificados,
resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos. Essas doações possibilitaram a
realização de 12,2 mil transplantes, fazendo com que crescem os procedimentos
de órgãos mais complexos como pulmão, coração e medula óssea.
Nesse mesmo
período, o Brasil alcançou a maior porcentagem de aceitação familiar, que foi
de 58%, superando os demais países da América Latina. No caso dos doadores
efetivos, o Brasil atingiu o percentual de 14,2 doadores por milhão de
população (pmp), superando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde em
2011, que segue os padrões internacionais. O país hoje possui a maior taxa de
aceitação familiar para doação de órgãos da América Latina. Em 2014, 58% das
famílias brasileiras optaram por doar os órgãos dos seus familiares, enquanto,
em 2013, o índice era de 56%. Esses percentuais são de 51% na Argentina, 47% no
Uruguai e 48% no Chile. Atualmente, 95% dos procedimentos são realizados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o país referência mundial no campo dos
transplantes e maior sistema público do mundo.
Qualquer pessoa pode doar
órgãos, desde que concorde com a doação e que não prejudique a sua saúde. O
doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte
do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser
doadores. Não parentes, somente com autorização judicial. Nos casos dos
doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica, geralmente
vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente
vascular cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família. A rede
brasileira conta com 27 Centrais Estaduais de Transplantes (todos os estados e
Distrito Federal), além de Câmaras Técnicas Nacionais, 510 Centros de
Transplantes, 1.113 equipes de Transplantes e 70 Organizações de Procura de
Órgãos (OPOs).
Com a ampliação do acesso, o número de pessoas aguardando por um
transplante no país caiu 36% nos últimos quatro anos. O controle do atendimento
aos pacientes é realizado pelas Centrais Estaduais de transplantes, que mantém
em seus cadastros todas as informações sobre compatibilidade e situação de
saúde do paciente.
O transplante de córnea é o que mais apresenta redução da
lista de espera, isso porque cinco estados zeraram a fila por esta cirurgia em
2014. É o caso de Minas Gerais, Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e
Pernambuco.
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