Algumas feministas consideram lamentáveis os jogos de atracção e sedução
promovidos pelos mulheres. Algo que Germain Greer denunciou como sendo próprio
da «mulher eunuco»: Podem ver agora a Fêmea Eunuco por todo o mundo… por todo o
lado onde exista jeans azuis e coca-cola. Onde quer que vejam verniz nas unhas,
baton para os lábios, braceletes e colares, a Eunuco está presente. Germain
Greer, feminista australiana, The Female Eunuch Algo que é muito antigo, se
levarmos em conta as palavras de Epicteto, um dos grandes filósofos romanos do
passado: «Depois dos catorze anos, as mulheres não almejam mais do que a
tornarem-se parceiras de cama do homem, e começam a alindar-se e a pôr nisso
todas as suas esperanças».
A própria biologia e a psicologia evolucionista parecem confirmar os
comportamentos femininos, acima descritos. Há instintos e reflexos primários
que levam as mulheres a praticarem jogos de sedução, e a sentirem-se atraídas
pelos homens poderosos, ricos (ou bonitos). Faz parte do património genético feminino.
É no entanto possível ler de uma forma menos pesada e acusativa os jogos de
sedução femininos. O amor romântico é largamente um jogo assumido, ou é-o em
certas ocasiões: Infeliz de mim! Que olhos o amor pôs na minha cabeça, tão
opostos à verdadeira realidade? Tu, cego louco, que fizeste tu, Amor, aos meus
olhos?
William Shakespeare, 1564-1616, poeta e dramaturgo inglês, Sonho de Uma noite
de Verão E o mesmo acontece com o amor libertino, ou mesmo com certas amores
fetichistas e sádicos. A questão não se restringe nestes casos a comportamentos
femininos, nem resultam da incultura e da falta de informação. Em certa
perspectiva eles são apenas parte de um jogo mais amplo, próprio do amor e de
certas relações sociais.
http://cariricaturas.blogspot.com.br/2010/02/dia-da-seducao-23-de-fevereiro.html
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