Hoje, 21
de fevereiro, Dia Nacional do Naturismo, data do nascimento de Luz Del Fuego
(Dora Vivacqua – 21/02/1917), precursora do Naturismo brasileiro. Em 2017 faria
100 anos se viva estivesse. Com muita propriedade, Paulo Pereira em seu livro
“Corpos Nus” escreveu: “Dora está fora da jurisdição desse mundo”. Uma mulher à
frente do seu tempo, corajosa, amiga dos animais e culta. Quem quiser conhecer
um pouco mais da sua história poderá ler também os livros “A Bailarina do Povo”
de Cristina Agostinho e “A Verdadeira Luz Del Fuego” de Thiago de Menezes.
Aproveite também para ler o belíssimo cordel “A Vida de Luz Del Fuego” de uma
inspiração do amigo Jorge Bandeira que não tenho palavras para descrever,
incluo no final desse texto. Dos anos 50 até os dias atuais o Naturismo teve
avanços significativos, não em termos quantitativos, mas muitos trabalhos foram
desenvolvidos em faculdades, livros, cursos pela internet, participação em
encontros literários, informativos virtuais, entrevistas em jornais impressos e
a recente rádio naturista. Nenhuma pessoa letrada pode afirmar que desconhece a
filosofia naturista, mas segundo o último censo demográfico somos
aproximadamente 194 milhões de habitantes e aqui temos também um número
significativo que não faz a mínima ideia do que representa o movimento
naturista no mundo. No artigo que enviei para XIV Congrenat disse que “Ser
Naturista” é aquele que busca o conhecimento e entenda a evolução da sua
própria natureza. Quis dizer com isso que existe a necessidade do conhecimento
científico, mesmo que a nossa miopia seja perene, o comodismo não ajudará em
nada às futuras gerações. Por esse motivo tenho incentivado os jovens a
conhecerem o Naturismo e entenderem o que diz o amigo João Olavo: “Naturismo pode ser a transformação que o
mundo necessita, pois privilegia o cuidado com o meio ambiente, o combate ao
capitalismo, o egocentrismo, exibicionismo e o consumismo exagerado, sendo o
Naturismo o antídoto dos males do mundo porque nos ensina a viver de maneira
simples em harmonia com a natureza.” Sábias palavras!
Todos nascem livres, poucos morrem do mesmo modo. A disparidade entre o número da
população dos praticantes do Naturismo é um indicador forte do quanto as
pessoas ainda estão presas aos seus conceitos sociais, o quanto ainda o corpo é
tratado como algo que deve ficar escondido e, na realidade, esconde um lado
psicológico assim diz Dr John Veltheim em seu artigo “Nus por baixo da
roupa”: Nos últimos séculos, as pessoas
desenvolveram uma dependência cultural da roupa. As vestes tornaram-se uma
máscara e um adereço de suporte para tapar falhas, muitas vezes percebidas, de
personalidade e de caráter. Devemos comemorar o Dia do Naturismo como
uma conquista de liberdade, não somente de uma liberdade corporal, mas
principalmente mental. Uma luz que se conquista das barreiras impostas por uma
cultura que marginalizou o corpo. Como nos diz Joseph Pearce no seu livro “O
Fim da Religião e o Renascimento da Espiritualidade”:
O Conformismo cultural ameaça a
individualidade, a mente capaz de pensar para além das coerções tanto de nossa
herança animal quando da cultura e seus efeitos globais. Só uma mente individual
pode retomar o impulso evolutivo da vida e criar independentemente dos
revestimentos e restrições artificiais que a cultura impõe. Nós, seres humanos,
fomos feitos para essa individualidade perdida e ansiamos por ela. http://cabanasnacolina.com/dia-nacional-do-naturismo/
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