14/08/2016

* 2016 - Dia do Controle da Poluição Industrial

No século XIX, avanços na tecnologia permitiram a criação da máquina a vapor e das locomotivas. A partir deste momento, diversas mercadorias deixaram de ser feitas artesanalmente e passaram a ser produzidas em larga escala. Era o surgimento das indústrias. Muito tempo se passou desde então, e hoje o mundo sofre com os efeitos da poluição gerada pelas fábricas. O dia 14 de agosto é o “Dia do Controle da Poluição Industrial”, data especial para que a sociedade reflita em ações que possam diminuir a emissão excessiva de poluentes industriais. A contaminação industrial é uma das principais causas da poluição atmosférica. Diversas indústrias realizam a queima de combustível, gás ou óleo, visto que  precisam de calor  para suas atividades.
Quando ocorre essa queima, vários gases tóxicos, como cádmio e metano, são liberados. Se eles não forem adequadamente filtrados e tratados, vão para a atmosfera. Para esse tratamento são necessárias tecnologias mais limpas e processos industriais mais eficientes. “Existem sistemas que podem ser instalados e que mostram qual situação é a ideal no processo de produção de uma indústria para uma menor emissão de gases”, diz o doutor em química Paulo Janissek. 
Além do ar, as águas residuais resultantes do funcionamento industrial também contribuem para a contaminação da água e do solo.  Por exemplo, o abate de um animal em uma indústria frigorífica gera resíduos como sangue e couro. Quando o chão da fábrica é lavado, o sangue mistura-se com a água. Caso ela não receba tratamento antes de ser lançada, esse resíduo biológico acaba em rios e lagos, comprometendo os seres vivos que lá habitam.
A poluição industrial hoje também tornou-se “globalizada” e afeta diretamente a vida de toda a população. Um poluente lançado por uma indústria em um país muito distante, além de prejudicar a qualidade do ar e contribuir para o aumento do efeito estufa, ainda pode contaminar o solo no qual é plantado um alimento que será exportado para o Brasil e que, consequentemente, chegará até você. “A poluição não tem limites, não há mais como pensar que ela está longe de onde vivemos”, assegura Janissek.

Texto:  Victória Pagnozzi

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