LEI Nº 11.676,
DE 16 DE OUTUBRO DE 2001.
Dispõe sobre a instituição do
"Dia do Pajador Gaúcho".
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao
disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia
Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º - Fica instituído o
"Dia do Pajador Gaúcho", que será comemorado no Estado do Rio Grande
do Sul no dia 30 de janeiro, data de nascimento do poeta e pajador gaúcho Jaime
Caetano Braun.
Art. 2º - O "Dia do Pajador
Gaúcho" deverá fazer parte do calendário de eventos culturais do Estado.
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições
em contrário.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre,
16 de outubro de 2001.
JAIME CAETANO
BRAUN
Jaime Guilherme
Caetano Braun (Timbaúva, Bossoroca/ São Luiz Gonzaga 30 de janeiro de 1924 —
Porto Alegre, 8 de julho de 1999) foi um renomado poeta do Rio Grande do Sul,
prestigiado também na Argentina,
Uruguai,
Paraguai e Bolívia.
Era conhecido
como El Payador e por vezes utilizou os pseudônimos de Piraju, Martín Fierro,
Chimango e Andarengo. Jayme Caetano
Braun nasceu em 30 de janeiro de 1924, na Timbaúva, distrito de São Luiz
Gonzaga (RS), hoje pertencente ao município de Bossoroca. Jayme foi alambrador, tropeiro e curandeiro.
Um artista missioneiro que fez de sua terra o seu mundo, de sua aldeia, uma
pátria. Sonhava em cursar Medicina, mas
formou-se em jornalismo. Sua imensa cultura foi apurada no período em que
ocupou o cargo de diretor da Biblioteca Pública do Estado, entre 1959 e 1963. Especializou-se em décimas (poemas com
estrofes de 10 versos). Os poemas, que começou a escrever piazito, por influência
da família, foram publicados em vários livros. O primeiro, Galpão de Estância
(1954), trazia versos de temática campeira, quase sempre dedicados a objetos do
universo do homem da Campanha: relhos, chilenas, laços, carretas. Na década de 70, trabalhou como radialista na
Rádio Guaíba, onde apresentava o programa "Brasil Grande do Sul", que
ia ao ar aos sábados pela manhã. Ele também foi funcionário público estadual.
Trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado
(Ipase). Considerado o maior pajador do Rio Grande do Sul, Jayme Caetano Brun
foi membro e co-fundador da academia nativista Estância da Poesia Crioula, em
Porto Alegre (RS). Poeta regionalista, costumava usar os pseudônimos de Piraju,
Martín Fierro e Andarengo. Carismático, tornou-se popularmente conhecido não só
no Brasil, mas também em países como Uruguai e Argentina. Vários CTGs lhe
homenagearam, inclusive em v i da, atribuindo-lhes o nome de "Jayme
Caetano Braun", em várias cidades brasileiras, inclusive na Capital
Federal. Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país
inteiro, destacam-se "Tio Anastácio", "Bochincho" e
"Galo de Rinha". Jayme faleceu em 08 de julho de 1999, às 5h30, na
Clínica São José, em Porto Alegre, vítima de complicações cardiovasculares,
depois de receber quatro pontes de safena e enfrentar problemas de depressão e
tentar o suicídio.
PAJADORES
GAÚCHOS
Paulo de Freitas Mendonça, Adão Bernardes,
Pedro Junior da Fontoura e José Estivalete
Quem é o
Pajador? Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso (pajada) com
o acompanhamento de violão, normalmente em milonga. No sul do Brasil, o pajador
improvisa em Décima Espinela (ABBAACCDDC) no estilo recitado com um músico de
apoio. Pajador quer dizer repentista. A origem da palavra não tem uma definição
convencionada e não é espanhola, nem portuguesa. Inexiste nos dicionários
clássicos de qualquer idioma, apenas nos vocabulários regionais dos países do
sul da América.
http://culturadaquerencia.blogspot.com.br/2011/01/30-de-janeiro-dia-do-pajador-gaucho.html
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